UnB - Instituto de Geociências - Produção Científica
RESUMOS/ABSTRACTS de artigos publicados em revistas com corpo editorial
O OLIVINA LEUCITITO DE PÂNTANO E A NATUREZA DO VULCANISMO DA FORMAÇÃO MATA DA CORDA, MG
JOSÉ CARUSO MORESCO DANNI
ANDRÉ A. SCARTEZINI
Revista Brasileira de Geociências 20(l-4):83-87, março/dezembro de 1990
THE OLIVINE LEUCITITE OF PÂNTANO AND THE NATURE OF THE VOLCANISM OF MATA DA CORDA FORMATION, MG.
Keywords: Petrology, Chemistry, leucitite volcanism, Mata da Corda Formation, Brazil.
Petrographic and chemical features of the olivine leucitite from Pântano, western Minas Gerais, are described and compared with other leucite-bearing volcanics in Brazil (e.g. Lagoa Formosa, Sacramento and Amorindpolis). The primary mineral assemblage of the Pântano rocks comprises olivine, leucite, titanian magnetite, clinopyroxene, melilite, perovskite, phlogopite and apatite. The main deuteric products are: barite, zeolite, calcite, serpentine and clay minerals. Chemically the rocks are typically ultrabasic (36%-40% SiCh) and ultrapotassic (K2O>2%, K/Na>10) with very high TiOi (5.0%-6,5%) and CaO+MgO (28% - 30%) contents. These characteristics indicate that the major volcanic contribution of the Mata da Corda Formation is of kamafugitic composition, very similar to the Toro Ankole type rocks. Compositional and temporal relations of this volcanism with the lamproitic and kimberlitic rocks of the region have yet to be established.
Palavras chave: Petrologia, química, vulcanismo leucititfco, Formação Mata da Corda, Brasil.
Neste estudo são descritas as características petrográficas e químicas do olivina leucitito do neck vulcânico de Pântano, e comparadas com outras ocorrências de rochas vulcânicas leucitíticas (e.g. Lagoa Formosa, Sacramento e Amorinópolis). O leucitito de Pântano é formado pela seguinte associação mineral: olivina (Fo 88%), leucita, magnetita com Ti, clinopiroxênio (augita-salita), melilita (akermanita) perovskita, flogopita e apatita. Seus principais minerais deutéricos são: barita, calcita, zeolitas, serpentinas e argilo-minerais. Quimicamente, este magmatismo é de natureza francamente ultrabásica (SiÓ2 36%-40%), ultrapotássico (K2O>2% e K/Na>10) com teores muito altos em TiO2 (5,0%-6,5%) e em CaO+MgO (28%-30%). Estas feições indicam que o magmatismo é de composição kamafugftica, muito similar ao da região de Toro Ankole (Uganda). As relações temporais e composicionais destas rochas com os lamproítos e kimberlitos que ocorrem na região são assuntos ainda desconhecidos.