UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS

ABSTRACTS
DE CONTRIBUIÇÕES CIENTÍFICAS DO IG/UnB
ANO 1996

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Araujo et al.,1996

Oxygen isotope composition of alteration zones of highly metamorphosed volcanogenic massive sulfide deposits:
Geco, Canada, and Palmeiropolis, Brazil 

Araujo S.M. 
Scott S.D.
Longstaffe F.J. 

Key words: oxygen; isotopic composition; volcanogenic massive sulphide; metamorphism; mineralization; Canada; Ontario; Manitouwadge; Geco Deposit; Brazil
Economic Geology and the Bulletin of the Society of Economic Geologists(1996), 91(4): 697-712.

Abstract

The large Geco, Canada, and small Palmeiropolis, Brazil, Precambrian metamorphosed volcanogenic massive sulfide deposits have several features in common, including footwall hydrothermal alteration zones formed mainly by anthophyllite-cordierite-biotite rocks. These rocks are interpreted to be basalts that had undergone hydrothermal alteration during ore deposition and subsequently were metamorphosed to upper amphibolite facies. Geco has a large volume of these rocks but no associated unaltered protoliths in contrast to Palmeiropolis where recognizable protoliths are intercalated with altered rocks. The difference in isotope behavior between the two deposits may reflect the volume of altered rocks present. The small size of the alteration zone and the close spatial association of nonaltered and altered rocks at Palmeiropolis facilitated isotopic reequilibration. At Geco, the much larger alteration zone was an effectively closed isotopic system which retained its distinctive low 18O signature through high-grade metamorphism. Oxygen isotopes may be a useful exploration tool in highly metamorphosed terranes if used with caution. Large areas affected by hydrothermal alteration and, consequently, large orebodies such as Geco, may be identifiable using this technique.


Araújo Filho & Kuyumjian,1996

REGIONAL DISTRIBUTION AND STRUCTURAL CONTROL OF THE GOLD OCCURRENCES/DEPOSITS IN THE GOIÁS MASSIF AND BRASÍLIA BELT

JOSÉ OSWALDO DE ARAÚJO FILHO
RAUL MINAS KUYUMJIAN

Revista Brasileira de Geociências(1996), 26(2): 109-112. 

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Keywords: gold deposits, distribution, structural control, Goiás

ABSTRACT

The distribution of gold occurrences/deposits in the GoiÁs Massif and Brasília Belt reflects the tectonic controls that operated during their geologic evolution. Their distribuiton shows three main regional trends: northwest-southeast, northeast-southwest and north-south, which correspond to tectonic discontinuities generated during the Brasiliano event. Since the regional structural features are an important control for the location of the main gold occurrences/deposits in both massif and belt, further studies of the regional tectonic regime and the establishment of structural models for these geotectonic units are essential to mineral exploration programs for gold in central Brazil.

RESUMO

Palavras chave: depósitos de ouro, distribuição, controle estrutural, Goiás

Á distribuição das ocorrências/depósitos de ouro no Maciço de Goiás e Faixa Brasília reflete controles tectônicos que aluaram durante a evolução geológica do maciço e da faixa. Tal distribuição mostra três tendências regionais: noroeste-sudeste, nordeste-sudoeste e norte-sul, que correspondem a discontinuidades tectônicas geradas durante o evento Brasiliano. Considerando que as feições estruturais regionais são importantes controladores da localização das ocorrências e depósitos de ouro no Maciço de Goiás e Faixa Brasília, estudos mais aprofundados sobre regime tectônico regional e o estabelecimento de modelos estruturais para estas unidades geotectônicas são essenciais para o desenvolvimento de programas de exploração para ouro na porção central do Brasil.


Blum & Pires,1996

SUPERFÍCIE CURIE DA REGIÃO CENTRAL DE GOIÁS

MARCELO DE LAWRENCE BASSAY BLUM
AUGUSTO CESAR BITTENCOURT PIRES

Revista Brasileira de Geociências 26(3): 197-208, setembro de 1996

Palavras chave: profundidade Curie, dados aeromagnéticos, geotectônica, gravimetria, depósitos de ouro

RESUMO

A área de estudo situa-se na região central do Estado de Goiás entre os paralelos 14° e 16° Sul e os meridianos 48° e 51° Oeste e é parte da Província Estrutural Tocantins, de complexa e variada geologia. Diversos levantamentos geofísicos foram realizados na região a partir da década de 70, dentre eles está o Projeto Geofísico Brasil-Canadá que resultou em importante levantamento aeromagnético regional. Através da interpretação magnética de modelos prismáticos, é possível estimar a profundidade onde as rochas perdem sua magnetização, a profundidade Curie. Um conjunto dessas profundidades fornece uma superfície Curie. Para a área estudada foram estimadas 13984 profundidades. A superfície Curie da área revelou porções rasas lineares (cristas Curie) e regiões mais profundas que podem representar o embasamento magnético da crosta. A superfície foi comparada com a geologia, mapa Bouguer e a distribuição das ocorrências de ouro na área de estudo. Muitas das cristas Curie coincidem com elementos estruturais antigos com mineralizações hidrotermais. Dentre os elementos correlacionados com as cristas destacam-se a Megainflexão dos Pirineus e a Inflexão de Niquelândia. Notou-se paralelismo e coincidência das cristas com greenstone belts e seqüências vulcano-sedimentares. A relação com o mapa Bouguer revela a presença, ainda marcada, da geossutura brasiliana. Sugere-se a ocorrência de quatro episódios para explicar a origem das estruturas Curie: 1) Episódio colisional, que gerou a geossutura; 2) Episódio extensional pós-orogênico, responsável pela intrusão de granitóides e formação de mineralizações em zonas de cisalhamento; 3) Episódio Sul-Atlantiano, relacionado ao evento de desmembramento do supercontinente de Gondwana, e 4) Episódio recente, relativo as tensões regionais E-W resultantes do deslocamento da Placa Sul-Americana com reativação de alguns elementos estruturais. A correlação entre sítios mineralizados e as cristas Curie sugere que as últimas podem ser um guia prospectivo para a região.

CURIE SURFACE OF THE GOIÁS CENTRAL REGION 

Keywords: Curie depth, aeromagnetic data, geotectonics, gravity, gold deposits.

ABSTRACT

The study area is located in the central region of the State of Goiás, between 14° and 16° South and 48° and 51° West and is a part of the Tocantins Structural Province. Several geophysical surveys were performed in the region starting in the 70's, with the Brazil-Canada Geophysical Project (PGBC) when a regional aeromagnetic survey took place. Magnetic interpretation of prismatic models allows the evaluation of depths where rocks lose their magnetization, the Curie depth. A group of depths defines a Curie surface. Depth were evaluated for 13984 locations in the studied area. The Curie surface indicates shallow areas with characteristic linear pattern referred as 'Curie crests', and deep regions representing the magnetic basement for the crust. The surface was compared with geological map and Bouguer map and with the distribution of gold occurrences in the study area. Many of the Curie crests coincide with ancient structural elements containing hydrothermal mineralizations. The Pirineus Megainflection and the Niquelândia Inflection are remarkable features. Parallelism and coincidence with greenstone belts and volcano-sedimentary sequences are clear. The relation with gravity map indicates an ancient suture. Four episodes are suggested to explain the origin of Curie structures: 1) Collision episode, responsible for the geosuture formation; 2) Late erogenic extentional episode, responsible for granitoid and shear zone mineralizations; 3) Sul-Atlantian episode, related with Gondwanaland disruption, and 4) Recent episode, related to E-W regional stresses as the result of South-American plate tectonic. The relationship between gold mineralizations with Curie crests suggest that the former may be a good guide for prospecting in the region.


Brito Neves et al.,1996

OROGÊNESES PRECEDENDO E TAFROGÊNESES SUCEDENDO RODÍNIA NA AMÉRICA DO SUL

 B.B.Brito Neves 1
 M.Winge 2
 M.A.Carneiro 3

1 lnstituto de Geociências/Universidade de São Paulo.
2 lnstituto de Geociências, Universidade de Brasilia.
3 Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.

Boletim IG-USP,São Paulo, Série Científica,27:l-40.
PALAVRAS-CHAVE: Uruaçuano, Espinhaço, Rodínia, orogenias, cráton.

Resumo

Evidências de ums colagem orogênica de amplitude mundial, como a de Grenville, têm sido apontadas na América do Sul, ao longo do embasamento andino, da Colômbia ao noroeste argentino, e ainda na fronteira Brasil-Bolívia (sudoeste do Cráton Amazônico).
Alguns novos dados geológicos e geocronológicos, inclusive de teses ainda inéditas, e a revisão do acervo de dados preexistentes sugerem para o interior de nosso continente a ocorrência de um processo colisional importante, e de outros eventos subordinados (no Maciço Central Goiás-Tocantins, na parte central do Cráton do São Francisco) no mesmo intervalo de tempo - período Ectasiano (em tomo de 1300 Ma). Os sítios preferenciais (mas não exclusivos) para estes processos de convergência, colisãc e transpressão foram aqueles dos riftes e bacias gerados na tafrogênese do Estateriano (1800-l600 Ma), no final do Paleoproterozóico.
Tais processos de orogênese, que haviam sido preliminarmente designados de "Uruaçuano" (Brasil Central) e "Espinhaço" (Bahia e Minas Gerais), sob muitas imprecisões da época, estão agora sendo ratificados e  reconhecidos como parte de um amplo contexto de interação convergente de placas e subplacas litosféricas, responsável por importante retrabalhamento de rochas do embasamento (rochas do Paleoproterozóico sobretudo) e a edificação de orógenos, com uma fase significativa pós-deformacional de erosão no Mesoproterozóico (com extensão no tempo ao Neoproterozóico), a qual precede francamente o ciclo orogênico subsequente (Brasiliano).
Neste trabalho estes processos orogenéticos da segunda metade do mesoproterozóico estão sendo reconhecidos como equivalentes àqueles do Ciclo Grenville, guardando certo paralelismo com este no interior do nosso continente. Eventos concomitantes e subordinados de ativação dos blocos cratônicos adjacentes a estas orogenias, tais como cisalhamento, basculamentos, rejuvenescimento termal e isotópico, etc., já haviam também sido identificadas de há muito, neste intervalo do tempo, como reflexos naturais dos gradientes tectônicos das  áreas mais instáveis para o interior das estáveis.
Posteriormente aos eventos tectônicos (e os seus reflexos) são reconhecidas fases importantes de tafrogênese, de forma diacrônica do Mesoproterozóico mais superior para o início do Neoproterozóico (Período Toniano), a qual afetou tanto as áreas cratônicas como as faixas móveis do ciclo precedente. Estes domínios extensionais possuem registros geológicos (estruturas e geração de rochas) por todo o supercontinente previamente formado (Rodínia), compondo assim um quadro tectônico com características de fenômenos de fissão.
Para as províncias estruturais do Neoproterozóico (ditas do Brasiliano), estes processos extensionais tiveram papel decisivo, como fase inaugural de novo ciclo wilsoniano. Com eles foram estabelecidos os primeiros traços estruturais, em termos de principais domínios sedimentares (bacias) e áreas fontes (altos tectônicos).


Candia & Gaspar,1996

EXSOLUÇÕES EM CROMO-ESPINÉLIOS

MARIA ANGELA FORNONI CÂNDIA
JOSÉ CARLOS GASPAR

Revista Brasileira de Geociências(1996), 26(2): 87-92. 

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Palavras chave: cromo-espinélios, exsolução, petrogênese

RESUMO

A composição dos espinélios cromíferos é amplamente utilizada para interpretações petrogenéticas. A maioria das ocorrências de rochas máficas/ultramáficas foi submetida a metamorfismo, o qual pode levar a modificações da composição química do espinélio original. Cálculos termodinâmicos mostram grandes lacunas de miscibilidade para espinélios de composição geral (Fe,Mg)(Al,Fe+3, Cr)2O4 entre 500°C e 600^C. Exsolução em cromo-espinélios naturais concordam bem com o modelo calculado. As duas fases mais comumente exsolvidas são Mg( Al,Cr)2O4 e Fe(Fe,Cr)2O4, que podem ocorrer como lamelas, porções, bastonetes e grãos compostos. Em sistemas mais desenvolvidos as duas fases podem formar cristais discretos. Ilmenita pode ser produzida por exsolução por oxidação em cristais de cromo-espinélio ferrífero ou em fases exsolvidas de composição Fe(Fe,Cr)2O4. Em condições metamórficas correspondentes ao campo de estabilidade do clinocloro, o componente Mg(Al,Cr) 2O4 pode entrar em reações de silicatos e ser completamente consumido. Acima do campo de estabilidade do clinocloro MgAl3O4 pode ser produzido. Sempre que interpretações petrogenéticas forem baseadas em composições de cromo-espinélios de rochas metamorfizadas torna-se imprescindível uma investigação detalhada da evolução paragenética das rochas. Interpretações magmáticas podem não ser possíveis.

EXSOLUTION IN CHROME-SPINEL 

Keywords: chrome-spinel, exsolution. petrogenesis

ABSTRACT

Chrome-spinel composition is largely used for petrogenetic interpretations. Most mafic/ultramafic rock occurrences underwent metamorphism which may impose modification to the original spinel chemical composition. Internally consistent thermodynamic calculations show large miscibility gaps for (Fe,Mg)(Al,Fe+3, Cr)2O4 spinels in between 500°C and 600°C. Exsolution in natural chromian spinels agrees well with the calculated model. The two most common exsolved phases are Mg(Al,Cr>2O4 and Fe(Fe,Cr>2O4 which occur as intergrown lamellae, blebs, rods or composite grains. In more evolved systems both phases may form discrete crystals. Ilmenite may be produced by oxidation exsolution in ferrian chrome-spinel crystals or in the Fe(Fe,Cr)2O4exsolved phases. Under metamorphic conditions of clinochlore stability field, the Mg(Al,Cr)2O4 component may enter silicate reactions and be entirely consumed. Above the clinochlore stability field MgAl3O4 may be produced. Whenever petrogenetic interpretations are based on chromian spinel composition from metamorphosed rocks it is necessary to investigate the assemblage evolution. Magmatic interpretations may not be possible.


D'el-Rey Silva et al.,1996

IMPLICATION OF THE CARAÍBA DEPOSIT'S STRUCTURAL CONTROLS ON THE EMPLACEMENT OF THE Cu-BEARING HYPERSTHENITES OF THE CURAÇÁ VALLEY, BAHIA-BRAZIL 

LUIZ JOSÉ HOMEM D'EL-REY SILVA
JOSÉ GENÁRIO DE OLIVEIRA
EDMUND GABOR GAAL

Revista Brasileira de Geociências(1996), 26(3): 181-196.

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Keywords: Structural and tectonic evolution, Caraíba Mine, high-grade terrane, Curaçá Valley, São Francisco Craton, Paleoproterozoic, U-Pb age, Copper ore

ABSTRACT

The Caraíba deposit of Bahia, Brazil, is a Paleoproterozoic sill-like intrusion consisting of magnetite-bearing hypersthenites, melanorites and norites mainly mineralized with disseminated-type Cu-ore (chalcopyrite and bornite) exploited since 1978. The intrusion is the largest of a set of 100's mafic-ultramafic bodies found within the Curaçá Valley terrane, a N-S trending strip of high grade rocks in the northern part of the São Francisco Craton. This terrane comprises supracrustais and gneisses of their probable basement, the mafic-ultramafic rocks emplaced as sills, all intruded by G1-G3 early- to late-tectonic tonalitic-granodioritic orthogneisses and granites related to highly ductile deformation events between 2.25 to 2.05 Ga (U-Pb ages of zircons). Final and localized events under greenschist metamorphism lasted up to 1,9 Ga (whole rock Sm-Nd isochron on hypersthenites). A penetrative, layer-parallel amphibolite-facies metamorphic banding (Si) occurs in all mentioned rocks - apart from G2 and G3 - and is affected by two younger folding events respectively under granulite and amphibolite facies. As a result of this evolution, the Caraíba Cu-deposit is a N-S trending, tight-isoclinal and asymmetric F3 synform, with 1000 m of amplitude and axial plane dipping 70°-75° to the W, and lies in the western limb of a normal, regional-scale F3 antiform plunging about 18°S. However, because of the interference pattern of F3 with E-W trending F2 folds, the deposit has a nearly 5 km-long and 800 m-wide mushroom shape. Brittle fracturing and boudinage disrupted the orebody throughout the structural evolution, so mining planning and underground exploitation are difficult in some parts of the mine. Because the Caraíba orebody was a relatively rigid barrier to the intense, ductile and melt assisted D3 event, the structural evolution of the Curaçá. Valley terrane is reconstructed with confidence. The evidence for F2 folds in and around the ore-body is better preserved than elsewhere within the Curaçá Valley high grade terrane, where most of the earlier structures were tightened and/or brought into parallelism with the S3 foliation. The structural controls of Caraíba also bear implications for the genesis of the orebody.

IMPLICAÇÕES DOS CONTROLES ESTRUTURAIS DO DEPÓSITO CARAÍBA NA COLOCAÇÃO DOS CORPOS CUPRÍFEROS DO VALE DO CURAÇÁ, BAHIA - BRASIL

Palavras chave: evolução estructural e tectônica, Mina Caraíba, terreno de alto grau, Vale do Curaçá, Craton do São Francisco, Paleoproterozóico, idade U-Pb, minério de Cobre

RESUMO

O depósito cuprífero Caraíba é o maior dentre diversos corpos de rochas máficas-ultramáficas encontradas no Vale do Curaçá (norte do Estado da Bahia) na parte norte do Cráton do São Francisco. O depósito, que vem sendo explorado desde 1978, consiste de hiperstenitos e noritos mineralisados a calcopirita e bornita disseminadas e/ou em agregados disformes. O Vale do Curaçá é um terreno de alto grau metamórfico compreendendo supracrustais, gnaisses do seu provável embasamento e as rochas máficas/ultramáficas colocadas como sills, sendo todas intrudidas por ortognaisses tonalíticos/granodioríticos e granites (G1-G3)Cedo- a tardi-tectônicos a eventos deformacionais altamente dúcteis ocorridos entre 2.25 e 2.05 Ga (idade U-Pb de zircões). Eventos finals e localisados ocorreram sob fácies xisto verde até cerca de 1,9 Ga atrás (isócrona Sm-Nd de rocha total em hiperstenitos). A exceção de G2 e G3 todas as rochas já mencionadas apresentam um bandamento metamórfico penetrative (Si) no fácies anfibolito afetado por duas fases de dobramentos respectivamente associados a metamorfismo de fácies granulito e anfibolito. Devido à interferência desses dobramentos mais jovens o depósito Caraíba adquiriu a forma de um cogumelo, com cerca de 5 km de comprimento N-S e 800 m de largura E-W, e encontra-se alojado em sinforma com piano axial fortemente inclinado para oeste e com caimento duplo de eixo para N ou S, fazendo parte do flanco oeste da estrutura maior - a antiforma Caraíba. A complexa geometria do depósito, aliada ao intense desmembramento rúptil-dúctil que o afetou durante a evolução estrutural da área, tem dificultado o planejamento e as operações de lavra. Uma vez que o corpo mineral atuou como barreira relativamente resistente à deformação intensa e rica em mobilisados da terceira fase, as estruturas da segunda fase puderam ser melhor preservadas nas cercanias de Caraíba, e este fator contribuiu sobremaneira para o entendimento da evolução tectônica do Vale do Curaçá. Os controles estruturais da mineralização cuprífera tem importantes implicações na gênese dos depósitos cupríferos da região, como discutido em detalhe. Palavras-chaves: Evolução estrutural e tectônica, Mina Caraíba, terrenes granulíticos, Vale do Curaçá, Cráton do São Francisco Paleoproterozóico, idade U-Pb, minério de cobre


Gibson et al.,1996

Erratum to "High-Ti and low-Ti mafic potassic magmas: Key to plume--lithosphere interactions and continental flood-basalt genesis'' [Earth Planet. Sci. Lett. 136 (1995) 149--165]

a S.A. Gibson
a R.N. Thompson
b A.P. Dickin
c O.H. Leonardos

a , Department of Geological Sciences, University of Durham, , Durham, DH1 3LE, UK
b , Department of Geology, McMaster University, 1280 Main Street West, , Hamilton, Ontario, l8S 4M1, Canada
c , Departmento de Geoquimica e Recursos Minerais, Instituto de Geociencias, Universidade de Brasilia, , 70910 Brasilia DF, Brazil

Earth And Planetary Science Letters (1996),141(1-4):325-341
Keyword(s)
: flood basalts; mantle plumes; lithosphere; mafic magmas; Gondwana; provinciality; South America

Abstract

The role of mantle plumes in the genesis of continental flood-basalts (CFB) remains controversial, primarily due to our limited knowledge of the composition of the subcontinental lithospheric mantle (SCLM). In this study we use the widespread Cretaceous mafic potassic magmatic rocks, emplaced around the margins of the Paraná sedimentary basin, to probe large-scale compositional variations of the SCLM beneath southern Brazil and Paraguay. On the basis of Ti contents, together with major-, trace-element and isotopic ratios, these mafic potassic rocks may be subdivided into high-Ti and low-Ti groups. The former have relatively high average TiO2 (4.64), CaO/Al2O3 (1.74) and 143Nd/144Ndi (0.51232), together with low La/Nb (1.1) and 87Sr/86Sri (0.7050). The latter are characterised by much lower average TiO2 (1.77), CaO/Al2O3 (0.72) and 143Nd/144Ndi (0.51182), together with higher La/Nb (2.01) and 87Sr/86Sri (0.7068). These high-Ti and low-Ti groups are spatially separate and their distribution correlates with tectonic setting; the low-Ti magmas are associated with cratonic regions, whereas the high-Ti magmas are in Proterozoic mobile belts.

The distribution of the subgroups of mafic potassic magmatic rocks correlates closely with the geochemical provinciality of the Early Cretaceous high-Ti and low-Ti Paraná flood-basalts. This is the first reported occurrence of extensive low-Ti mafic potassic magmatism associated both spatially and temporally with the low-Ti region of a major CFB province. Our study further reveals similar relationships between tectonic setting and the geochemical provinciality of mafic potassic magmas and continental flood-basalts across Gondwana. We use the bulk-rock compositions and radiogenic isotopic ratios of both the high-Ti and low-Ti mafic potassic magmatic rocks as end members in models of CFB genesis. Mixing calculations involving Sr and Nd isotopic ratios indicate that the flood-basalts may contain up to 50% of mafic potassic lithosphere-derived melts. Overall, the results of our geochemical modelling agree with geophysical arguments that the convecting asthenosphere is the predominant source of CFB magmas.


Jost et al.,1996

PROPRIEDADES GEOQUÍMICAS E PROVENIÊNCIA DE ROCHAS METASSEDIMENTARES DETRÍTICAS ARQUEANAS DOS GREENSTONE BELTS DE CRIXÁS E GUARINOS, GOIÁS 

HARDY JOST
SUZI MARIA DE CÓRDOBA HUFF THEODORO
ANA MARIA GRACIANO FIGUEIREDO
GERALDO RESENDE BOAVENTURA

 Revista Brasileira de Geociências 26(3): 151-166, setembro de 1996

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Palavras chave: geoquímica, proveniência, rochas metassedimentares detríticas, Arqueano, Goiás

RESUMO

Rochas metassedimentares derivadas de protólitos detríticos ricos em argilo-minerais ocorrem apenas nas porções estratigráficas superiores dos greenstone belts de Crixás e Guarinos, Goiás. Estas consistem de xistos carbonosos (espessura média de 100 m), sotopostos a mais de 300 m de metaturbiditos distais (metarenitos finos argilosos, metasiltitos e metafolhelhos). Em 85% das amostras, a razão SiO2/(Al2O3+CaO+Na2O+ K2O) é similar a de rochas sedimentares detríticas pós-arqueanas e sugere área-fonte sob intemperísmo moderado. A abundância média de elementos maiores, menores e traços de xistos carbonosos e do par rítmico metarenito/metafolhelho é semelhante, sugerindo que não houve uma modificação substancial da área-fonte durante a mudança de regime tectônico que controlou a sedimentação. Dados petrográficos e geoquímicos indicam que os protólitos dos metarenitos e metassiltitos, pares geneticamente associados dos metaturbiditos, eram ricos em argilo-minerais e mostram variações geoquímicas consistentes com o fracionamento de argilo-minerais durante a sedimentação. Variações de elementos maiores, menores e traços são consistentes com um índice empírico de maturidade sedimentar detrítica (SiO2/SiO2+Al2O3) x 100), e com as razões mica branca/cloríta ± biotita e suas respectivas composições. A maioria das amostras possue um REE e assinaturas compatíveis com equivalentes arqueanas e grauvacas fanerozóicas pobres a ricas em quartzo e derivam duas populações distintas. Em média, as rochas estudadas são mais ricas em Fe2O3*, CaO, MgO, MnO, Cr, Ni, Co, Sc, V e Ba que as pós-arqueanas. As razões La/Sc, Th/La e Cr/Ti são maiores e Zr/Y menores que as rochas pós-arqueanas e conduzem a um modelo de proveniência bimodal, segundo o qual um horizonte anômalo de Guarinos pode ser explicado por uma razão basalto:komatiito de l :1 e as demais amostras por uma razão 9:1, com variadas proporções de uma contribuição tonalítico/trondhjemítica, não diferindo, assim, do observado em rochas sedimentares neo-arqueanas de outras áreas continentais.

GEOCHEMICAL PROPERTIES AND PROVENANCE OF DETRITAL ARCHAEAN METASEDIMENTARY ROCKS OF THE CRIXAS AND GUARINOS GREENSTONE BELTS, GOIÁS

Keywords: geochemistry, provenance, detrital metasedimentary rocks, Archaean, Goiás

ABSTRACT

Metasedimentary rocks derived from debited clay-rich protoliths occur only in the upper stratigraphic sections of the Crixás and Guarinos greenstone belts, Central Brazil. They consist of carbonaceous schist (± 100 m thick), overlain by 300 m thick distal metaturbidites (fine-grained clayey metarenite, metasiltite and metashale). In 85% of the samples, the SiO2/(Al2O3+CaO+Na2O+ K2O) ratio is similar to post-Archaean detrital sedimentary rocks suggesting that their source-area underwent moderate weathering. The average abundances of major, minor and trace elements of carbonaceous schist and the metarenite/ metashale turbidite pair, suggest that no major compositional changes of their respective source-areas took place during sedimentation. Petrographic and geochemical data show that the metarenites and metasiltites derived from clay-rich protholits and in the average are geochemicaly consistent with the genetically related metashales. Major and minor oxides as well as trace elements vary consistently with an empirical detrital sedimentary maturity index (SiO2/SiO2+Al2O3) x 100), and with the white mica/chlorite ± biotite ratios and probably also respond to the composition of white mica and chlorite. The majority of samples have a REE compatible with other Archaean equivalent rocks and Phanerozoic quartz-poor to quartz-rich graywackes. Normalized to NASC, the carbonaceous schist, metashales and metarenites (+ metasiltites) derive two populations distinguished by their REE abundance. In contrast to post-Archaean equivalent rocks, the studied lithotypes are poorer in LREE, have positive EuN/Eu*N anomalies and lack HREE fractionation. In the average, the composition of the studied rocks are richer in Fe2O3*, CaO, MgO, MnO, Cr, Ni, Co, Sc, V, and Ba as compared to port-archean rocks. The La/Sc Sc/La, Th/La and Cr/Ti ratios are higher and the Zr/Y ratios are lower than post-Archaean rocks and lead to a bimodal provenance model. Modeling of the source-area shows that a geochemically anomalous horizon of Guarinos may be explained by a source-area with 1:1, while other samples by a 9:1 basalt:komatiite ratio, both with similar contribution of a tonalite/trondhjemite felsic component.


Pimentel et al.,1996

DADOS Rb-Sr E Sm-Nd DA REGIÃO DE JUSSARA-GOIÁS-MOSSÂMEDES (GO), E O LIMITE ENTRE TERRENOS ANTIGOS DO MACIÇO DE GOIÁS E O ARCO MAGMÁTICO DE GOIÁS.

MÁRCIO MARTINS PIMENTEL
REINHARDT A. FUCK
LUIZ J. H. DEL'REY SILVA

Revista Brasileira de Geociências(1996), 26(2): 61-70. 

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Palavras chave: Ciclo Brasiliano, paleogeografia, colisão continental, indentação, Neoproterozóico

RESUMO

A natureza dos limites entre os terrenos arqueanos/paleoproterozóicos do Maciço de Goiás e os terrenos juvenis neoproterozóicos (ca. 900 a 650 Ma) do chamado Arco Magmático de Goiás é ainda mal entendida. Neste trabalho foram investigados os limites sudoeste e sul do maciço, na região compreendida entre as cidades de Goiás, Jussara e Mossâmedes. Em uma transversal E-W entre Goiás, situada no Maciço de Goiás, e Jussara, localizada no arco magmático, foram identificadas e datadas (métodos Rb-Sr e Sm-Nd) as seguintes unidades de rochas graníticas, gnáissicas e miloníticas: (i) gnaisse tonalítico de Uvá (GT) (2564 ± 140 Ma, r.i = 0.7017, TDM=3.0-3.5 Ga) ; (ii) granito Uvá (GU) (285l ± 180 Ma, Nd(T) = +0.3, TDM=3.0-3. l Ga); (iii) gnaisse milonítico de Itapirapuã (GMI); (iv) granito porfirítico grosso (GPG) (759 ± 62 Ma, r.i. = 0.7053, TDM=2.0-2.3 Ga); (v) gnaisse granítico (GG) (2601 ± 209 Ma, r.i. = 0.7016, TDM = 2.4-2.5 Ga) e (vi) gnaisse milonítico (GM). As unidades GT e GU mostram foiiação tectônica em torno de E-W, com mergulhos para norte, a qual é fracamente afetada por uma deformação superimposta de direção aproximada N-S. Em direção a oeste, estruturas de direção N-S tornam-se progressivamente mais importantes, com o desenvolvimento de importantes zonas de cisalhamento dextrais, característica deformação impressa nas rochas do arco magmático. Os dados geocronológicos e estruturais permitem atribuir a deformação E-W ao Arqueano ou Paleoproterozóico e a N-S ao Neoproterozóico. Rochas metavulcânicas félsicas da região de Mossâmedes, a sul dos terrenos arqueanos de Goiás, forneceram idades isocrônicas Rb-Sr de 1978 ± 55 Ma e 1582 ± 101 Ma, com razões 87Sr/X6Sr iniciais de ca. 0.7023 e 0.7053, respectivamente. Elas não integram, portanto, o arco magmático neoproterozóico e são aqui interpretadas como componentes da borda sul do maciço. Os dados permitem sugerir uma reconstrução paleogeográfica neoproterozóica segundo a qual as rochas estudadas integram a borda sudoeste-sul da placa do São Francisco-Congo e o Maciço de Goiás representa uma saliência indentadora durante a colisão continental que originou a Faixa Brasília.

Rb-Sr AND Sm-Nd DATA FROM THE JUSSARA-GOIÁS-MOSSÂMEDES REGION (GO, BRAZIL), AND THE LIMIT BETWEEN ANCIENT TERRANES OF THE GOIÁS MASSIF AND THE GOIÁS MAGMÁTIC ARC

Keywords: Brasiliano Cycle, paleogeography, Neoproterozoic, continental collision, indentation.

ABSTRACT

The nature of the limits between the Archean/Paleoproterozoic terrains of the Goiás Massif and the Neoproterozoic (ca. 900 - 650 Ma) juvenile terrains of the Goiás Magmatic Are is still poorly understood. In this study we have investigated southwestern and southern áreas of the massif, in the region between the towns of Goiás, Jussara and Mossâmedcs. Several granitic, gneissic and mylonitic rock were recognized and dated (Rb-Sr and Sm-Nd methods) units in the transect between Goiás, situated in the Goiás Massif and Jussara, in the magmatic are. From east to west they are: (i) Uvá tonalitic gneiss (GT) (2564 ± 140 Ma; i.r. = 0.7017 ± 0.0003; TDM=3.0-3.5 Ga); (ii) Uvá granite (GU) (2851 ± 180 Ma; Nd(T) = +0.3; TDM = 3.0-3. l Ga); (iii) Itapirapuã mylonitic gneiss; (GMI) (iv) syn-tectonic coarse-grained porphyritic granite (GPG) (759 ± 62 Ma; i.r. = 0.7053 ± 0.0002; TDM = 2.0-2.3 Ga); (v) Granitic gneiss (GG) (2601 ± 209 Ma; i.r. = 0.7016 ± 0.0007; TDM = 2.4 - 2.5 Ga), (vi) Mylonitic gneiss (GM). GT and GU display predominantly E-W tectonic foliation, with a local and weak superimposed N-S deformation. N-S structures become progressively more important towards the west, with the development of wide dextral shear zones, which are typical in the rocks of the magmatic are. The structural and geochronologic data indicate that the E-W deformational fabric is Archaean or Paleoproterozoic in age, and the N-S fabric is Neoproterozoic. Felsic metavolcanic rocks from the Mossâmedes área, soutlvof the Goiás Archaean terrains, yielded Rb-Sr isochron ages of 1978 ± 55 Ma and 1582 ± 101 Ma, with initial 87Sr/ 86Sr ratios of ca. 0.7023 and 0.7053, respectively. Therefore, these rocks are not part of the Neoproterozoic magmatic are, and are better interpreted as part of the southern edge of the Goiás Massif. The data presented suggest that the rocks investigated here are part of the southern and southwestern edges of the São Francisco-Congo continental plate. According to this reconstruction the Goiás massif represented an indentation of that plate during the continental collision that originated the Brasília Belt.


Pimentel et al.,1996

Post-Brasiliano (Pan-African) high-K granitic magmatism in Central Brazil: the role of Late Precambrian-early Palaeozoic extension

Márcio M. Pimentel
Reinhardt A. Fuck
Carlos José Souza de Alvarenga

Precambrian Research(1996),80(3-4):217-238

Abstract

In western Goiás, Brazil, the emplacement of large, high-K postorogenic granites and associated small gabbro--dioritic intrusions, followed immediately after the last deformational events of the Brasiliano--Pan-African orogeny at ~600 Ma. Well-fitted whole-rock Rb--Sr isochrons indicate ages which suggest two discrete intrusive events: the older between ~588 and 560 Ma and the younger between ~508 and 485 Ma. The older granites display general petrographic and geochemical characteristics of highly differentiated calc-alkaline I-type granitoids, whereas the younger intrusions are more alkaline, similar to A-type granites.
Initial 87Sr/86Sr ratios vary from ~0.703 to 0.710 and initial Nd isotope ratios yield εNd(T) values in the range between -4.0 and +3.0 . There are no major differences in initial isotopic compositions between the two granite groups, suggesting that the parental magmas for both groups of rocks mostly originated by refusion of crustal sources isotopically similar to the ~940--640 Ma basement arc-type metatonalites--metagranodiorites and associated arc metavolcanics.
The major and trace element compositional differences between the two granite groups is explained in terms of modifications in the melting conditions within the crust, with younger melts being produced by the refusion of anhydrous, depleted crustal sources left after the extraction of previous batches of more hydrated calc-alkaline magmas. The heat input required to promote extensive remelting of the continental crust was, most likely, provided by mantle-derived mafic magmas that invaded and probably underplated the crust, during uplift and extension.
The two intrusive events are bimodal in nature and are interpreted as shallow-level extension-related events associated with regional uplift and denudation occurring just after two orogenic pulses at the end of the Proterozoic and early Palaeozoic, the older at ~600 Ma and the younger between ~550 and 510 Ma. The onset of the granite magmatism at ~590 Ma, shortly post-dating the Brasiliano orogeny (~600 Ma), is broadly coeval with the initial stages of sedimentation of the terrigenous and carbonatic rocks of the ensialic Paraguay Belt in Brazil and its correlative in Bolivia, the Tucavaca Belt, which probably correspond to rift deposits related to the break up of Laurentia from Gondwana at the end of the Proterozoic and beginning of the Palaeozoic. Granites of the younger group cut the deformational structures of the Paraguay Belt metasediments and pre-date, by between ~40 and 20 Ma, the initial stages of subsidence and sedimentation of the Paraná Basin.


Santos et al.,1996

RARE EARTH ELEMENTS GEOCHEMISTRY OF FLUORITE FROM THE MATO PRETO CARBONATITE COMPLEX, SOUTHERN BRAZIL 

ROBERTO VENTURA SANTOS
MARCEL AUGUSTS DARDENNE
CLAUDINEI GOUVEIA DE OLIVEIRA

Revista Brasileira de Geociências 26(2): 81-86, junho de 1996

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Keywords: carbonatite, rare earth element, Mato Preto

ABSTRACT

Fluorite deposits in Southern Brazil are usually associated to limestone and granitic rocks. The Mato Preto deposit fluorite is an exception because it occurs associated to carbonatite and alkaline silicate rocks. We discuss the origin of this deposit based on rare earth element (REE) geochemistry and show that fluorite from Mato Preto has an REE spectrum ranging from high to low (La/Lu)n ratios. We suggest that fluorite with high (La/Lu)n are related to the alkaline magmatism, whereas fluorite with intermediate to low (La/Lu)n did not derive from alkaline magmatism, but probably from the country rocks. This interpretation is supported by oxygen, carbon and strontium isotopes that show that the carbonatites are significantly contaminated by their country rocks.

GEOQUÍMICA DE ELEMENTOS TERRAS RARAS DE FLUORITAS DO COMPLEXO CARBONATíTICO DE MATO PRETO, PARANÁ

Palavras chave: carbonatito, elementos terras raras, Mato Preto

RESUMO

Depósitos de fluorita no sul do Brazil associam-se em geral a rochas graníticas e sedimentares carbonáticas. O depósito de fluorita de Mato Preto constitui uma exceção uma vez que as encaixantes são carbonatitos e rochas alcalinas silicáticas. Este trabalho discute a origem das fluoritas de Mato Preto e mostra que elas apresentam um amplo espectro de razões (La/Lu)n: fluoritas com alta razão (La/Lu)n são relacionadas ao magmatismo alcalino; enquanto fluoritas com baixa razão (La/Lu),, são relacionadas a contaminação por rochas encaixantes. Dados de isótopos de oxigênio, carbono e estrôncio mostram também que os carbonatitos de Mato Preto foram significativamente contaminados pelas rochas encaixantes.