UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA -
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
ABSTRACTS
DE CONTRIBUIÇÕES CIENTÍFICAS DO IG/UnB
ANO 1997
Feedback Atualização:05/04/2006
Observações:
Para localizar qualquer assunto, co-autor, região, etc.., use a função "Find"(CTRL+F) ou "Localizar"(CTRL+L) do seu programa navegador
Seismicity patterns and focal mechanisms in southeastern Brazil
M. Assumpção *
J. R. Barbosa *
J. Berrocal *
A. M. Bassini *
J. A. V. Veloso **
V. I. Mârza **
M. G. Huelsen **
L. C. Ribotta ***
* Depto. de Geofísica, IAG-USP
** Observatório Sismológico-UnB
*** Divisão de Geologia, IPT
Revista Brasileira de
Geofísica(1997), 15(2):119-132.
Key words: Seismicity; Crustal
stresses; Southeastern Brazil.
ABSTRACT
The seismicity of SE Brazil is studied with a recent deployment of additional temporary digital and analog seismographic stations. Regional and local stations have allowed the determination of three new composite focal mechanisms for the earthquake series of Betim in 1992/93, Formiga in 1993, and the reservoir-induced events of Nova Ponte in 1995, all in Minas Gerais state. The focal mechanism data in the southern part of the São Francisco craton and adjacent Brasília fold belt indicate both normal and reverse faulting with a common E-W to NE-SW orientation of the maximum horizontal stress. Far from the continental margin, the focal mechanisms are consistent with theoretical estimates of stress directions from finite-element modelings of the forces driving the South American plate. Near the Serra do Mar coastal range, the stress pattern seems more complex. A selection of the earthquake catalog, using threshold magnitudes varying in time to yield a data set with spatially uniform coverage, indicates two main seismic areas: 1) the offshore continental shelf , and 2) the southern part of the Brasília fold belt and the São Francisco craton. The high topography areas of the Serra do Mar and Serra da Mantiqueira (in the Ribeira fold belt) and the Paraná basin are much less seismically active.
Sismicidade e mecanismos focais no sudeste do Brasil
Palavras-chave: Sismicidade; Esforços crustais; Sudeste do Brasil.
RESUMO
A sismicidade do SE do Brasil foi estudada com a operação adicional de estações digitais e analógicas temporárias. Estações locais e regionais permitiram a determinação de três novos mecanismos focais compostos para as séries de sismos de Betim 1992/93, Formiga 1993, e para os sismos induzidos pelo reservatório de Nova Ponte em 1995, todos em Minas Gerais. Os mecanismos focais na parte sul do cráton do São Francisco e na faixa de dobramentos Brasília indicam falhamentos inversos e normais, com uma direção comum para a tensão horizontal máxima entre E-W e NE-SW. Longe da margem continental, os mecanismos focais são consistentes com a direção teórica dos esforços determinada com modelamento por elementos finitos das forças tectônicas que atuam na placa sul-americana. Perto da Serra do Mar, o padrão de esforços parece mais complexo. Uma seleção do catálogo de sismos do Brasil, usando limites de detectabilidade diferentes para cada época para se obter uma cobertura geográficamente uniforme, revelou duas áreas sísmicas principais: 1) a plataforma continental, e 2) a parte sul da Faixa Brasília e Cráton do São Francisco. A área montanhosa das Serras do Mar e da Mantiqueira (na Faixa Ribeira), e a Bacia do Paraná são muito menos ativas sismicamente.
ESTRATIGRAFIA E SEDIMENTAÇÃO DA BACIA SANFRANCISCANA: UMA REVISÃO
JOSÉ ELOI GUIMARÃES CAMPOS
MARCEL AUGUSTE DARDENNE
Revista Brasileira de Geociências 27(3):269-282, setembro de 1997
Palavras chave: Cobertura fanerozóica, Bacia Sanfranciscana, Estratigrafia, Sedimentação.
Este trabalho apresenta a revisão da estratigrafia e dos sistemas deposicionais da Cobertura Fanerozóica do Craton do São Francisco - Bacia Sanfranciscana. A cobertura sedimentar é constituída essencialmente por rochas depositadas em ambientes continentais e rochas vulcânicas piroclásticas subordinadas, apenas presentes na porção sul da bacia. A estratigrafia das sucessões fanerozóicas inclui as seguintes unidades: Grupo Santa Fé (Permo-Carbonífero) é sub-dividido nas formações Floresta e Tabuleiro. Este conjunto de origem glaciogênica representa os registros da glaciação gonduânica neopaleozóica na Bacia Sanfranciscana. Estes sedimentos ocorrem preservados em vales escavados no embasamento, com afloramentos descontínuos por toda a extensão da bacia. Grupo Areado (Eocretáceo) é constituído pelas formações interdigitadas Abaeté (basal), Quiricó e Três Barras. A Formação Abaeté foi depositada por leques aluviais na porção sul da bacia e por sistemas fluviais entrelaçados nas demais regiões da bacia; a Formação Quiricó mostra uma sedimentação lacustre, localmente caracterizada por lagos estratificados, e a Formação Três Barras, depositada em ambientes fluviais, fluviodeltáicos e eólicos. Esta unidade apresenta maior espessura na porção sul da bacia ( 200 metros), enquanto, na região centro-norte, suas ocorrências são mais descontínuas e delgadas (máximo 60 metros). Grupo Mata da Corda (Neocretáceo) é composto pelas formações Patos e Capacete. A Formação Patos é composta por rochas vulcânicas alcalinas. A Formação Capacete é representada por sedimentos epiclásticos distais sedimentados a partir de fontes vulcânicas, com importante contribuição de areias eólicas. Ocorre apenas na porção sul da área estudada. Grupo Urucuia (Neocretáceo) é composto por arenitos, tendo sido sub-dividido nas formações Posse (com as Fácies l e 2) e Serra das Araras, respectivamente interpretadas como depósitos eólicos de campos de dunas secas, fluvial entrelaçado depositado em canais e fluvial entrelaçado sedimentado em lençóis de areia e cascalho. Está presente desde o sul da bacia, onde é preservado em áreas isoladas e recoberto por sedimentos epiclásticos, até o norte da bacia, onde se torna a unidade predominante. Formação Chapadão (Cenozóico), representa as coberturas arenosas, inconsolidadas, recentes, de caráter eluviocoluvionar ou aluvionar. Estudos de proveniência para as várias unidades indicaram os seguintes vetores de transporte e áreas fontes: Grupo Santa Fé - transporte de NE para SW com áreas fontes representadas pela Serra do Espinhaço Setentrional e pelo Grupo Bambuí; Grupo Areado - transporte a partir dos blocos elevados adjacentes à bacia e importante fluxo axial de SW para NE, tendo os sedimentos do Grupo Santa Fé representado material fonte para a Formação Abaeté; Grupo Urucuia - transporte de NEE para SWW, com fontes situadas na porção NE do Craton do São Francisco e Formação Capacete - apresenta dupla direção de transporte, com contribuição de rochas vulcânicas de sul para norte e contribuição de areias eólicas de NE para SW.
Keywords: Phanerozoic cover, Sanfranciscana Basin, Stratigraphy, Sedimentation.
This paper presents a stratigraphic and depositional systems review to the Phanerozoic cover of the São Francisco Craton, defined as the Sanfranciscana Basin. The Phanerozoic cover is composed mainly of sedimentary continental rocks and minor explosive volcanic rocks. The stratigraphy and sedimentology of the Phanerozoic successions are summarized as follows: Santa Fé Group (Carboniferous-Permian) -divided into Floresta and Tabuleiro formations. This glaciogenic sequence represents the gondwanan glaciation record in the Sanfranciscana Basin. These sediments are preserved in valleys excavated in the basement and crop out in most of the basin . Areado Group (Early Cretaceous) -constituted by the Abaeté, Quiricó and Três Barras formations, characterized by lateral and vertical interfingerings. The Abaeté Formation was deposited by braided stream and the in southern area by alluvial fans; the Quiricó Formation records a lacustrine sedimentation. and the Três Barras Formation, was deposited in the fluvial, fluviodeltaic and aeolian environments. The Areado Group is thick in southern portion of the basin (200 meters); it is less than 60 meters and discontinous in the central-northern areas. Mata da Corda Group (Late Cretaceous) -composed by the Patos and Capacete formations. The Patos Formation is composed by alkaline volcanic rocks. The Capacete Formation represents the distai epiclastic sediments with important aeolian sand contribution. It is present only in the southern sector of the basin. Urucuia Group (Late Cretaceous) - composed of sandstones, divided into Posse (with Facies l e 2) and Serra das Araras formations, respectively interpreted as dry field dune deposits, braided stream of channelized deposition and braided stream deposited by sheet flows. It is present in the entire basin. In the southern portion of the basin, it is recovered by volcaniclastic sediments, and in the northern area it becomes the most important unit. Chapadão Formation (Quaternary), represents the recent sandy, unconsolidated, covers of talus, residual or alluvium origin. Provenance studies show the following transportation vectors and source areas: Santa Fé Group - NE to S W transport, with source areas in Northern Espinhaço Range and in the Bambuí Group; Areado Group - transport from the adjacent elevated blocks, showing important axial flow; Urucuia Group - transport from NEE to SWW, with sources in the northest São Francisco Craton and the Capacete Formation - showing two directions of transport: volcanic rocks from South to North and aeolian sand from NE to SW.
ORIGEM E EVOLUÇÃO TECTÔNICA DA BACIA SANFRANCISCANA
JOSÉ ELOI GUIMARÃES CAMPOS
MARCEL AUGUSTE DARDENNE
Revista Brasileira de Geociências(1997), 27(3):283-294, setembro de 1997
Palavras chave: Bacia Sanfranciscana, evolução tectônica, ruptura gonduânica.
Este artigo apresenta dados sobre a origem e evolução tectônica da Cobertura Fanerozóica do Cráton do São Francisco denominada de Bacia Sanfranciscana. Diferenças tectônicas, estratigráficas e ambientais permitem a divisão da bacia em dois compartimentos denominados de Sub-Bacia Abaeté e Sub-Bacia Urucuia. A estratigrafia das sucessões fanerozóicas inclui as seguintes unidades: Grupo Santa Fé (Permo-Carbonífero) composto pelas formações Floresta e Tabuleiro; Grupo Areado (Eocretáceo) constituído pelas formações Abaeté, Quiricó e Três Barras; Grupo Mata da Corda (Neocretáceo) composto pelas formações Patos e Capacete; Grupo Urucuia (Neocretáceo), sub-dividido nas formações Posse e Serra das Araras e Formação Chapadão (Cenozóico), representando as coberturas arenosas inconsolidadas recentes, de caráter eluvio-coluvionar ou aluvionar. A bacia foi iniciada a partir de uma tectônica de rearranjos isostáticos no Paleozóico, com reativações no Mezosóico e atividade neotectônica no Cenozóico. Sua origem e evolução tectônica foi controlada pelas faixas marginais do Craton do São Francisco (faixas Brasília e Araçuaí) e pela abertura do Atlântico Sul, durante as fases pré- a pós-rifte e por fraturas transformantes na fase de mar aberto.
Keywords: Sanfranciscana Basin, tectonic evolution, Gondwana drift
This paper presents data about the origin and tectonic evolution of the Phanerozoic cover of the São Francisco Craton, defmed as the Sanfranciscana Basin. The tectonic compartmentation allowed the subdivision in the Abaeté (south portion) and the Urucuia sub-basins (middle-north portion). The stratigraphy and sedimentology of the Phanerozoic successions are as follows: Santa Fé Group (Permo-Carboniferous) - subdivided into the Floresta and Tabuleiro formations. Areado Group (Early Cretaceous) comprising the Abaeté, Quiricó and Três Barras forraations. Mata da Corda Group (Late Cretaceous) composed by the Patos and Capacete formations. Urucuia Group (Late Cretaceous) composed by the Posse and Serra das Araras formations. Chapadão Formation (Cenozoic) represents the sandy, unconsolidated, recent covers of talus, residual or alluvium origin. Paleozoic epyrogenesis characterized the onset of tectonism in the Sanfranciscana Basin. During the Mesozoic the basin has undergone tectonic reactivations fïnishing with neotectonic activity in Cenozoic times. The origin of the basin, as well as its tectonic evolution had been controlled by the São Francisco Craton marginal fold-and-thrust belts (Brasília and Araçuaí belts), by the South Atlantic opening (rift phase) and by transform oceanic fractures (drift phase).
FERRICROMITA : REVISÃO E IMPLICAÇÕES PETROGENÉTICAS
MARIA A.F. CANDIA
JOSÉ C. GASPAR
GERGELY A.J. SZABÓ
Revista Brasileira de Geociências 27(4):349-354, dezembro de 1997
Palavras chave: Pal.chaves
Ferricromita é descçita na literatura como uma fase que se desenvolve às custas de cromita. O padrão textural mais comum corresponde a grãos compostos, com um núcleo de cromita, de contornos nítidos e arredondados, envolto por ferricromita, que, por sua vez, é manteada por magnetita, com contato gradacional. O processo de formação deste arranjo é vinculado à serpeniinização, devido à difusão, em estado sólido, de Mg, Al e, freqüentemente, Cr, da fase oxido para os silicatos (serpentinas, clorita) circundantes, e à entrada concomitante de Fe. As composições químicas dos núcleos de cromita podem eventualmente ter sido modificadas por este processo. A ferricromita é constituída de um agregado submicroscópico de fases oxido (R3O4, RO e R2O3), cuja composição química varia entre cromita e magnetita, e não corresponde a uma espécie mineral.
Keywords: ferrichromite, serpentinite, composition, genesis.
Ferrichromite is described in literature as a phase developed over chromite. The most common textural pattern is that of composed grains, with a rounded, sharply bounded core mantled by ferrichromite, which is in turn mantled by magnetite, with a gradational interface between them. The formation process for this array is ascribed to serpentinization, through solid-state diffusion of Mg, Al and, frequently, Cr, from the oxide-phase towards the surrounding silicates (serpentines, chlorites), and simultaneous entry of Fe. The chemical compositions of the chromite cores may have been modified during this process. Ferrichromite is a submicroscopic intergrowth of oxide phases (R3O4, RO e R2O3), and its chemical composition varies between those of chromite and magnetite, and does not represent a mineral species.
Rb-Sr AND Sm-Nd GEOCHRONOLOGY OF THE CANA BRAVA LAYERED MAFIC-ULTRAMAFIC INTRUSION, BRAZIL, AND CONSIDERATIONS REGARDING ITS TECTONIC EVOLUTION
CIRO TEIXEIRA CORREIA
VICENTE A. V. GIRARDI
COLOMBO C. G. TASSINARI
HARDY JOST
Revista Brasileira de Geociências 27(2): 163-168, junho de 1997
Keywords: Cana Brava, stratiform complex, layered intrusion, mafic-ultramafic, geochronology
The Cana Brava complex is an anorogenic stratiform complex, whose layers dip from 30° to 50° NW. The massif is made up of five units composed of layers containing several associations of cumulus phases and variable amounts of inter-cumulus minerals. Transition between units are characterized by abrupt changes in the composition of these phases. From base to top, the sequence consists of amphibolites (PICB1), overlain by serpentinites (PICB2), metawebsterites (PICB3), and metagabbros (PICB4 and PICB5). This sequence was originally formed by microgabbros, peridotites, websterites, and gabbros. Isotopic data indicate that the parental magma of the Cana Brava complex evolved as follows: (a) Mantle derivation at about 2.5 Ga and subsequent retention at subcrustal levels; (b) Intrusion within the Palmeirópolis volcano-sedimentary sequence and igneous crystallization at about 2.0 Ga; (c) Metamorphism and ductile-ruptile deformation under compression at about 1.3 Ga; and (d) Further metamorphic reequilibration during the Brasiliano Cycle at about 0.77 Ga.
Palavras chave: Cana Brava, complexo estratiforme, intrusão acamadada, máfico-ultramáfica, geocronologia
O complexo de Cana Brava é interpretado como um complexo estratiforme anorogênico e seu acamamento mergulha de 30 a 50° para NW. O maciço é composto por cinco unidades acamadadas que contêm várias associações de fases cumulus e proporções variadas de minerais inter-cumulus. As transições entre as unidades são caracterizadas por mudanças abruptas na composição destas fases. Da base para o topo, a seqüência compreende anfibolitos (PICB1) sobrepostos por serpentinitos (PICB2), metawebsteritos (PICB3) e metagabros (PICB4 and PICB5). A seqüência era originalmente formada por micrograbros, peridotitos, websteritos e gabros. Dados isotópicos indicam que o magma parental do Complexo de Cana Brava evoluiu da seguinte forma: (a) Derivação mantélica há cerca de 2,5 Ga e subseqüente residência subcrustal; (b) Intrusão na Seqüência vulcano-sedimentar de Palmeirópolis e cristalização ígnea há cerca de 2,0 Ga; (c) Metamorfismo e deformação dúctil-rúptil em ambiente compressivo a 1,3 Ga, e (d) Metamorfismo posterior e re-equilíbrio durante o Ciclo Brasiliano, a cerca de 0,77 Ga.
GEOLOGY AND GEOCHEMISTRY OF THE BOA VISTA NICKEL SULFIDE DEPOSIT, CRIXÁS GREENSTONE BELT, CENTRAL BRAZIL.
CARLOS N. COSTA JR.
CESAR F. FERREIRA FILHO
GRANT A. OSBORNE
SYLVIA M. ARAUJO
RENAN O. LOPES
Revista Brasileira de Geociências(1997), 27(4): 365-376.
Keywords: komatiite, nickel, sulfide, greenstone belt, Crixás.
he Boa Vista nickel-sulfide deposit is located at the NW edge of the late Archean Crixás greenstone belt. The nickel-sulfide deposit is associated with a narrow 7 km-long EW-trending sequence of meta-ultramafic and metabasic rocks. The volcanic sequence was overprinted by regional ductile deformation and associated metamorphism but primary volcanic structures and textures are preserved within low-strain zones. Two types of ultramafic flows are recognized in these zones (spinifex-textured flows and unsettled flows). The ultramafic rocks exhibit some of the classical geochemical and textural features that become the main criterion for the recognition of komatiitic lavas. The MgO content (from 22.1 to 28.7 wt. %) on spinifex-textured and unsettled flows is typical for peridotitic komatiites. Geochemical variations of major elements indicate the importance of olivine fractional crystallization. Scattering of the data suggests that regional metamorphism has chemically modified the ultramafic rocks. The sulfide mineralization is always present at the lowest part of an ultramafic sequence overlying a mafic sequence. The thickness of the mineralized horizon is variable but it is usually less than few-meters thick. Four types of ore are recognized in the Boa Vista deposit. In order of decreasing abundance they are: stringer ore, disseminated ore, massive ore and matrix ore. The sulfide ore mineralogy is typical of magmatic sulfides associated with ultramafic komatiites. It consists mainly of pyrrhotite ( 70 vol. %) associated with pentlandite and chalcopyrite and minor magnetite and sphalerite. The Fe-Ni-S variation of the ore is consistent with a primary magmatic origin for the nickel mineralization. Analyses of sulfide ore recalculated to 100 % sulfides plot within the field of the monosulfide solid solution at high temperature. The Ni/Cu ratio of the ore is high (± 10) and comparable to most Archean KHNS deposits. The Boa Vista deposit provided the first opportunity to study nickel-sulfide mineralization processes in the Crixás greenstone belt. Considering that KHNS deposits occuring in greenstone belts worldwide tend to be restricted to specific ultramafic units, geological and petrological studies of the Boa Vista deposit provide important clues for future nickel-sulfide exploration work in the extensive greenstone belt terranes of central Brazil.
Palavras chave: komatiito, níquel, sulfeto, greenstone belt, Crixás.
O deposito de sulfeto de níquel de Boa Vista está localizado na extremidade noroeste do greenstone belt de Crixás. O depósito está associado a uma estreita sequência de rochas metavulcânicas máficas e ultramáficas com 7 km de extensão e direção geral E-W. Embora essa sequência de rochas vulcânicas tenha sido submetida à deformação e metamorfismo regional, feições primárias estão ainda preservadas em low-strain zones. Dois tipos de derrames ultramáficos são reconhecidos (derrames com textura spinifex e derrames não diferenciados). As rochas ultramáficas apresentam feições texturais e geoquímicas diagnósticas de derrames komatiíticos. O teor de MgO (22,1 a 28,7 % peso) em derrames com textura spinifex e derrames não diferenciados é característico de komatiitos peridotíticos. Variações geoquímicas entre os elementos maiores indicam a importância da cristalização fracionada de olivina. A dispersão dos dados geoquímicos sugere alterações na composição química primária durante o metamorfismo regional. A mineralização sulfetada está restrita a base de uma sequência metavulcânica ultramáfica sobreposta à uma sequência metavulcânica máfica. A espessura do horizonte mineralizado é variável mas geralmente nao ultrapassa alguns metros. Quatro tipos de minério são reconhecidos no depósito de Boa Vista. Esses tipos compreendem, em ordem decrescente de abundância, minério venulado, minério disseminado, minério maciço e minério silicate ocluso. A mineralogia do minério sulfetado e característica de sulfetos magmáticos associados à komatiitos. O minério consiste essencialmente de pirrotita ( 70 % do volume) associada a pentlandita e calcopirita e com magnetita e esfalerita como acessórios. O minério sulfetado de Boa Vista tem teores de Fe-Ni-S compatível com uma origem magmática. Análises geoquímicas do minério sulfetado recalculadas para 100% de sulfeto têm composição no campo da monosulfide solid solution à elevadas temperaturas. A razão Ni/Cu do minério sulfetado e elevada (± 10) e comparável com a maioria dos depósitos de sulfeto associados a komatiitos do arqueano. O depósito de Boa Vista representa a primeira oportunidade de estudo do ambiente formador de depósitos de níquel sulfetado no greenstone belt de Crixás. Depósitos de sulfeto de níquel associados a komatiitos estão geralmente confinados a unidades ultramáficas específicas nas sequências do tipo greenstone belt mineralizadas. Desta forma, estudos geológicos e petrológicos no depósito de Boa Vista podem subsidiar a prospecção mineral nos extensos terrenos do tipo greenstone belt do Brasil central.
S. A. Gibson (1)
R. N. Thompson (2)
R. K. Weska (3)
A. P. Dickin (4)
O. H. Leonardos (5)
(1) Department of Earth Sciences, University of Cambridge,
Cambridge, CB2 3EQ, UK
(2) Department of Geological Sciences, University of Durham, Durham, DHI 3LE, UK
(3) Departmento de Recursos Minerais, Universidade Federal de Mato Grosso,
Cuiabá, 78.100, Brazil
(4) Department of Geology, McMaster University, 1280 Main Street West, Hamilton,
Ontario, l8S 4M1, Canada
(5) Departmento de Geoquimica e Recursos Minerais, Instituto de Geociencias,
Universidade de Brasilia, 70910 Brasilia DF, Brazil
Contributions to Mineralogy and Petrology(1997),126(3):303-314.
Abstract
High mantle potential temperatures and local extension, associated with the Late-Cretaceous impact of the Trindade mantle plume, produced substantial widespread and voluminous magmatism around the northern half of the Paraná sedimentary basin. Our previous studies have shown that, above the central and eastern portions of the postulated impact zone where lithosphere extension is minimal, heat conducted by the plume caused large-scale melting of the more fusible parts of the subcontinental lithospheric mantle beneath the margin of the São Francisco craton and the surrounding Brasilía mobile belt. Here we combine geochemical data and field evidence from the Poxoreu Igneous Province, western Brazil to show how more intense lithospheric extension above the western margin of the postulated impact zone permitted greater upwelling and melting of the Trindade plume than further east. Laser 40Ar/39Ar age determinations indicate that rift-related basaltic magmas of the Poxoreu Igneous Province were emplaced at ~ 84 Ma. Our detailed geochemical study of the mafic magmas shows that the parental melts underwent polybaric crystal fractionation within the crust prior to final emplacement. Furthermore, some magmas (quartz-normative) appear to have assimilated upper crust whereas others (nepheline- and hypersthene-normative) appear to have been unaffected by open-system crustal magma chamber processes. Incompatible trace element ratios (e.g. chondrite-normalised La/Nb = 1) and isotopic ratios (87Sr/86Sr = 0.704 and 143Nd/144Nd = 0.51274) of the Hy-normative basalts resemble those of oceanic islands (OIB). We therefore propose that these "OIB-like" magmas were predominantly derived from convecting-mantle-source melts (i.e. Trindade mantle plume). Inverse modelling of rare-earth element (REE) abundances suggests that the initial melts were predominantly generated within the depth range of ~80-100 km, in mantle with a potential temperature of ~1500 °C.
a Márcio M. Pimentel
b Martin J. Whitehouse
a Maria das G. Viana
a Reinhardt A. Fuck
c Nuno Machado
a Instituto de
Geociências, Universidade de Brasília, Brasília-DF, 70910-900, Brazil
b Department of Earth Sciences, University of Oxford, Parks Road,
Oxford, OX1 3PR, UK
c GEOTOP, Université du Québec à Montréal, Montréal, Canada
Precambrian
Research(1997),81(3-4):299-310
Keyword(s): Brasiliano Cycle; Neoproterozoic; Brasília Belt; Magmatic
arc; Crustal accretion
The Mara Rosa volcano-sedimentary sequence consists of several NNE-trending belts of metavolcanic (metabasalts to metarhyolites) and metasedimentary rocks (micaschists, quartzites, cherts), exposed over large areas of the Tocantins Province, a Neoproterozoic (Brasiliano) orogenic region in the central part of Brazil. The supracrustal belts are separated by terrains dominated by metatonalites and metadiorites and intruded by several post-orogenic granitic and dioritic bodies. These volcano-sedimentary and associated metaplutonic rock associations have been previously interpreted as a typical granite-greenstone terrain of the Archaean basement. In this paper we present geochronological and isotopic data for rocks of the metavolcanic-metaplutonic rock association. Samples of a felsic metavolcanic rock from the Posse gold mine, and of a metatonalite yielded U-Pb zircon ages of 862 ± 8 Ma and 856+137 Ma, respectively. These are interpreted as crystallization ages of the igneous protoliths. Titanites from the same metavolcanic rock sample yielded a concordant recrystallization age of 632 ± 4 Ma. Sm-Nd isotopes for these rocks indicate primitive compositions, with «epsilon»Nd(T) of +4.6 and +3.7 and TDM models ages of 1.0 Ga. A syn-tectonic dioritic intrusion has an U-Pb crystallization age of 630 ± 6 Ma, and «epsilon»Nd(T) of +1.9 and TDM of 1.0 Ga. Additional Sm-Nd analyses on metasedimentary rocks and post-orogenic granites of the Mara Rosa region yield TDM ages between 1.2 and 1.0 Ga.The isotopic data, combined with preliminary trace element results, suggest that the protoliths of the metavolcanic and metaplutonic rocks investigated were formed in an island arc system, off the coast of the São Francisco-Congo continent at around 860 Ma. Recrystallization and deformational ages of 630 Ma may represent the timing of final ocean closure and continental collision.The rock associations, structural pattern, geochronological and isotopic characteristics of the rocks from the Mara Rosa region are very similar to those of Neoproterozoic arc terrains exposed 300 km to the southwest, in the Arenspólis area, proving the regional importance of the Neoproterozoic crustal accretion event in the central part of Brazil.
GEOCHEMISTRY OF THE AMSAGA AREA ORTHOGNEISSES (ARCHEAN REGUIBAT RISE, MAURITANIA)
ALAIN POTREL
Revista Brasileira de Geociências 27(2):211-218, junho de 1997
Ver texto integral - pdf
Keywords: Major, Trace, REE, Archean Reguibat Rise, West African Craton.
Geochemical data (major, trace) obtained on the orthogneisses which formed the basement of the Amsaga area (Archean Reguibat Rise, West African Craton) demonstrate: 1) that these gneisses define a calc-alkaline trend of trondhjemitic affinity; 2) the existence of at least two different types of migmatitic orthogneisses in the Amsaga; 3) a perturbation of composition of these orthogneisses during the Archean granulitic event and Proterozoic hydrothermal event (s) which affected the Amsaga.
Palavras chave: Maiores, Traço, REE, Dorsal Reguibat arqueana, Craton do Oeste da África.
Dados geoquímicos (elementos maiores e traço) obtidos nos ortognaisses que formam o embasamento da região do Amsaga (Dorsal Reguibat, Craton do Oeste da África) mostram: 1) que os gnaisses formam um trend calcio-alcalino com afinidade trondhjemítica; 2) a presença de pelo menos dois tipos diferentes de ortognaisses migmatíticos naquela área; 3) perturbações da composição química destes gnaisses durante o metamorfísmo granulítico arqueano e o metamorfismo hidrothermal proterozóico que afetaram a região do Amsaga.
Late Quaternary palaeoclimate in the savannas of South America
Salgado-Labouriau,M.L.
Journal of Quaternary Science, 12(5):371-379.
SINOPSE
Revisão dos resultados de análises paleoecológicas de sedimentos em regiões de savana (e cerrado) da América do Sul. A comparação entre sete localidades nas terras baixas tropicais mostra mudanças de vegetação e mudanças climáticas nos últimos 36 mil anos no final do Pleistoceno e 'início do Holoceno nas regiões de: Lago de Valencia (10o N), Carajás (6oS), Águas Emendadas (15oS), Cromínia (17oS), Salitre (19oS), Lagoa Santa (20oS) e Lagoa dos Olhos (20oS). Quatro localidades mostram evidencia de um clima mais úmido que o presente entre 36 ka A.P. (36 mil anos antes do presente) até cerca de 22-18 ka A.P.. Segue-se uma fase seca com o máximo de seca entre 14 ka e 10,3 ka A.P. Há um aumento de umidade a partir de 8,8 ka A.P.no Lago de Valencia e a partir de 7 ka A.P. no Brasil Central.. A presença de partículas de carvão in dica queimadas desde 32 ka A.P. e impacto humano a partir 8.6 ka A.P.
a M.L. Salgado-Labouriau
b V. Casseti
a K.R. Ferraz-Vicentini
c L. Martin
c F. Soubiès
d K. Suguio
a , Instituto de Geociências,
Universidade de Brasília, 70.910-900, Brasília, DF, Brazil
b , Departamento de Geografia, Universidade Federal de Goiás,
Goiânia, GO, Brazil
d , Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, Caixa
Postal 11348, 05422-970, São Paulo, SP, Brazil
c , ORSTOM, Centre de Bondy, 70-74, Route d'Aulnay, 93143, Bondy,
France
Palaeogeography, Palaeoclimatology,
Palaeoecology(1998),128(1-4):215-226
Keyword(s): Paleoecology; Paleoclimatology; Central brazil; Savanna;
Cerrado; Vereda
Geochemical and palynological analyses of core CR1 from Cromínia, Goiás, provided information on the paleoenvironmental history of central Brazil. The records show that prior to 32,400 yr B.P. the vegetation of the Cromínia region was similar to the present one characterized locally by a complex of cerrado, gallery forest and palm swamp, indicating a semi-humid tropical climate. A palm swamp occupied the coring site. From 32,400 to about 20,000 yr B.P. a treeless grassland replaced the arboreal cerrado and the gallery forest suggesting that humidity increased but temperature probably decreased. The site was a shallow lake between ca. 27,000 and 20,000 yr B.P. Humidity started to decrease at ca. 18,500 yr B.P. and the period from ca. 18,500 to ca. 11,500 yr B.P. was very dry. A sparse vegetation was growing in the region during that time. The dry climate continued until 6500 yr B.P. and the core site probably dried out several times. At ca. 5000 yr B.P. humidity increased again, the palm swamp vegetation returned to the site and cerrado vegetation and gallery forest started to grow in the region. The abundant charcoal particles prior to 20,000 yr B.P. and from 10,500 to ca. 3500 yr B.P. document a long history of fires in the region. Results are compared with those from other sites in Central Brazil and with the climate sequence of the last glacial maximum and postglacial time in the tropical Andes.
Geochemical signature of main Neoproterozoic lithotectonic granitoids from the Proterozoic Sergipano Fold Belt, Brazil: significance for the Brasiliano orogeny.
Silva Filho,A.F.
Guimarães,I.P.
Brito,M.F.L.
Pimentel,M.M.
International Geological Review(1997),39:639-659.
ABSTRACT
The Proterozoic Sergipano fold belt is intruded by various Neoproterozoic late-tectonic granitic plutons of contrasting composition, ranging from (1) metaluminous normal-K calc-alkaline and high-K calc-alkaline suites to (2) peralkaline shoshonitic /ultrapotassic suites and (3) a peraluminous crustal leucocratic complex. Whole-rock trace-element data, however, show an overlapping LILE enrichment, except for the ultrapotassic suite. HFSE distributions range from 24 to 350 ppm, with the highest values belonging to the ultrapotassic suite and the lowest to the suite derived from the crust. High LILE/HFSE ratios of these rocks suggest their subduction-related character, which may be inherited from orogenic cycles older than the Brasiliano. High LILE and medium to high Cr and Ni contents in some facies from these granites suggest a lower-mafic-crust to metasomatized subcontinental-lithospheric-mantle component. The observed LILE content, degree of alkalinity, and REE polarity toward the northern limit of the Sergipano fold belt suggest an increasing crustal thickness in the same direction. Negative epsilon Nd for all granites studied suggests a common, recycled origin for them, implying the involvement of old lithospheric mantle in the case of the ultrapotassic suite. Mantle separation ages support this evidence, as the majority of them (even that for a paleosome migmatite) lie between Transamazonian and Cariris Velhos ages; the most juvenile components show values closer to 1.0 Ga. The identified geochemical signature of these rocks suggests that they have undergone a complex, multiple-stage evolution during a collisional event that involved the partial melting of compositionally distinct source rocks of different ages, suggesting that the Sergipano fold belt crustal section is complexly structured into vertical age domains. This study records as well that the Brasiliano orogeny did not accrete depleted mantle material to the continental crust of the Sergipano fold belt.
GEOCHEMISTRY AND PETROGENESIS OF METAVOLCANIC ROCKS FROM ARCHAEAN GREENSTONE BELTS: RIO MARIA REGION (SOUTHEAST PARÁ, BRAZIL)
ZORANO SÉRGIO DE SOUZA
ROBERTO DALL'AGNOL
CLAUDINEI GOUVEIA DE OLIVEIRA
SÉRGIO ROBERTO BACELAR HUHN
Revista Brasileira de Geociências 27(2):169-180, junho de 1997
Keywords: volcanism, petrology, magma genesis, geodynamic evolution.
The Rio Maria region, located at about 250 km south of the Carajás Ridge, is a well preserved typical Archaean (> 2.87 Ga) granite - greenstone terrane. Supracrustal sequences are made up of meta-ultramafic rocks (UM - talc-tremolite schists with relict spinifex textures) at the base, followed by metabasic rocks (BAS - massif basalts with quenched textures; GB - porphyritic gabbros) and, at the top, metadacitic rocks (DAC) with plagioclase, quartz, hornblende and sphene phenocrysts. Terrigenous (graywackes, siltstones) and volcano-chemical metasediments (cherts, iron formations) are intercalated within the basal and intermediate stratigraphic levels. The volcanic rocks define three geochemical series, namely komatiite (UM), low-K tholeiite (BAS, GB) and sodic calc-alkaline (DAC). These series mainly evolved by low pressure fractional crystallization giving respectively olivine + orthopyroxene, clinopyroxene + plagioclase and plagioclase + quartz + alkali feldspar + hornblende + biotite + sphene cumulates. Modeling based on major and REE indicate a Iherzolitic source with 1-5% garnet; the degree of partial melting is from 10 to 25% in order to generate the komatiitic and tholeiitic magmas. The source of dacitic volcanism could be a metasomatised tholeiitic crust transformed into garnet arnphibolite, melted from 10 to 15% and leaving a residue with hornblende, plagioclase, garnet and clinopyroxene. The source types and the trace elements characteristics allow to consider that the magma generated in marginal basins and island arcs geodynamic environments. Consequently, the calc-alkaline magmatism (volcanism at ca. 2.97-2.90 Ga and plutonism at ca. 2.87 Ga) would represent a stage of tectonic stabilization and welding of crustal blocks, forming the continental crust which acted as cratonic basement for the Neoarchaean evolution of the northern portion of the Carajás Mineral Province.
Palavras chave: vulcanismo, petrologia, gênese de magmas, evolução geodinâmica.
A região de Rio Maria, situada a cerca de 250 km a sul da Serra dos Carajás, compõe um típico terreno granito - greenstone arqueano bem preservado e com idade superior a 2,87 Ga. As seqüências supracrustais apresentam rochas meta-ultramáficas (UM -talco-tremolita xistos com texturas spinifex) na base, seguidas por metabásicas (BAS - basaltos maciços com texturas de resfriamento rápido; GB - gabros porfiríticos) e, no topo, metadacitos (DAC) porfiríticos, com fenocristais de plagioclásio, quartzo, hornblenda e titanita. Metassedimentos terrígenos (grauvacas, siltitos) e vulcano-químicos (cherts, formações ferríferas) se intercalam nas porções basais a intermediárias. Três séries geoquímicas são reconhecidas: komatiítica (UM), toleítica de baixo potássio (BAS, GB) e cálcico-alcalina sódica (DAC). Estas séries evoluíram essencialmente por mecanismos de cristalização fracionada a baixas pressões, com os respectivos cumulados contendo olivina + ortopiroxênio, clinopiroxênio + plagioclásio e plagioclásio + quartzo + feldspato potássico + hornblenda + biotita + titanita. Modelamento de óxidos e elementos terras raras sugere fontes mantélicas para os komatiitos e toleítos, gerados por 10a 25% de fusão parcial de lherzolito com l a 5% de granada. Já o vulcanismo dacítico requer a fusão parcial (10 a 15%) de toleíto transformado em granada anfibolito, deixando um resíduo com hornblenda, plagioclásio, clinopiroxênio e granada. Os tipos de fontes envolvidas e as características de elementos traços sugerem bacias marginais e arcos insulares para a evolução dos greenstone belts, sendo que o magmatismo cálcico-alcalino (vulcanismo há ca. 2,97-2,90 Ga e plutonismo há ca. 2,87 Ga) representaria a etapa final de estabilização tectônica e soldamento de blocos nesta região, formando a crosta continental que serviu de embasamento para as unidades neoarqueanas da porção norte da Província Mineral de Carajás.