VIAGEM A SÃO JOÃO DA ALIANÇA

Antonio Reinaldo Soares Filho - reinaldo@reste.gov.br


Estávamos a fazer os trabalhos de campo de Geologia Econômica com o professor Bascara em São João da Aliança. As nossas refeições foram arranjadas por um bodegueiro que nos fornecia em um grande galpão de uma antiga serraria. Certa noite, depois de havermos chegado do campo - dia todo a pão e água - subindo e descendo elevações a fazer sessões estratigráficas, a fome estava apertando todos nós. Qualquer comida era deliciosa. Refeição posta a mesa, se agregavam os colegas amigos por afinidades, eu o Ximenes, Fernando Latorraca, Osvaldo Moreira Lima e o Alvarenga. Como eu estava com muita fome e a comida estava intragável, resolvi misturar tudo para ver se dava para saciar a fome que estava. O Fernando vendo o modo como estava misturada meu prato virou-se e comentou - Reinaldo o teu prato parece mais uma cuia com lavagem para porcos de tão misturada e indefinida! O dono da espelunca ia passando e só ouviu uma parte da fase que ele interpretou como: esta comida é comida de porco... Com era um tipo grosseirão, na hora quis nos retirar do local e dizendo que não iria mais fornecer refeições para a nossa turma. Os puchas do professor passaram imediatamente a nos condenar - eles muito pouco se comunicavam com nossa turma, se achavam promessas de futuro. Com muita diplomacia que lhe era peculiar o professor Bascara contornou a questão e de tão educado que era, nem se deu ao trabalho de nos chamar para uma conversa de esclarecimento. Coisas de jovens sadios.


 

 

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