UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO No 122

NAZIANO PANTOJA FILIZOLA JÚNIOR

FLUXO DE SEDIMENTO EM SUSPENSÃO NOS RIOS DA BACIA AMAZÔNICA BRASILEIRA
DATA DE DEFESA: 14/11/97
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: GEOLOGIA REGIONAL
ORIENTADOR: PROF. GERALDO RESENDE BOAVENTURA (UnB)
EXAMINADORES: PROF. MARCEL AUGUSTE DARDENNE (UnB)
PROF. CARLOS EDUARDO MORELLI TUCCI (UFRGS)
PROF. JEAN LOUP GUYOT (ORSTON)

RESUMO
Dentro da atual discussão relacionada às questões ambientais amazônicas, o fluxo do material em suspensão, assim como o fluxo hídrico superficial, constituem ferramentas básicas para a avaliação dos mais diversos parâmetros geoquímicos dessa que é a maior bacia hidrográfica do planeta. Diversos experimentos têm realizado balanços hidrossedimentológicos no Rio Amazonas e estimativas do fluxo de sedimentos em suspensão na sua foz no Oceano Atlântico. Alguns, citam o Amazonas como o maior rio do mundo em termos de fluxo de material em suspensão. Nesse estudo faz-se uma avaliação do banco de dados do DNAEE, órgão do governo brasileiro, que opera uma rede sedimentométrica, com 60 postos na região, há mais de dez anos (fig.1). Esses dados, hoje sob a responsabilidade da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, com mais de 2500 amostragens já realizadas, possibilitaram uma boa avaliação das questões relativas ao balanço hidrossedimentológico. Tornaram viável realizar uma estimativa do fluxo de material em suspensão na foz do Amazonas da ordem de 600 106 ton.ano-1, o que posiciona o Amazonas como o terceiro maior do mundo nesse quesito (fig.2). O Rio Solimões juntamente com o Rio Madeira são responsáveis por cerca de 95% do transporte de material em suspensão na bacia. Reforçando, portanto o papel dos rios de origem andina no processo que regula o transporte de sedimentos em suspensão na Bacia Amazônica brasileira.

Fig.1_Rede Sedimentometrica do DNAEE, hoje sob responsabilidade da ANEEL.


Fig.2. Bacia Amazônica. 209.000m3.s-1 de descarga líquida anual média e cerca de 600.106 ton.dia-1 de aporte de sedimentos ao Oceano


  
UNIVERSITY OF BRASILIA- INSTITUTE OF GEOSCIENCES

MSc THESIS No 122

NAZIANO PANTOJA FILIZOLA JÚNIOR

FLOW OF SEDIMENTS IN SUSPENSION IN THE RIVERS OF THE BRAZILIAN AMAZONIC BASIN
DATE OF ORAL PRESENTATION: 14/11/97
TOPIC OF THE THESIS: REGIONAL GEOLOGY
SUPERVISOR: PROF. GERALDO RESENDE BOAVENTURA (UnB)
COMMITTEE MEMBERS: PROF. MARCEL AUGUSTE DARDENNE (UnB)
PROF. CARLOS EDUARDO MORELLI TUCCI (UFRGS)
PROF. JEAN LOUP GUYOT (ORSTON)

ABSTRACT
In actual discussions involving Amazon environment, the suspended sediments flux or discharge, as the water flow, are both, basic informations for other scientific assessements, specially concerning geochemical flow. Some experiments was done on suspended sediment budgets in Amazon basin and some estimations of the suspended sediment flux at the mouth of the Amazon river, was also made. As a conclusion scientists have citted the Amazon river as one of the biggest rivers in the world on suspended solids discharge. Concerning this theme, in this text, a study was done with DNAEE sedimentometric network, a brasilian government agency that operates 60 stations, since 1977 (fig.1).. This agency has done more than 2500 samples for TSS-total suspended solids. These data and network are actually under the management of the Brazilian National Agency for Electric Power – ANEEL and makes possible a good assessement of the TSS transported by rivers on the Amazon basin. A new estimation, of about 600 106 t.ano-1, was done for the mean annual discharge of suspended sediments at the mouth of the Amazon river (fig.2).. These results re-classified, that big river, as the third one in the world, concerning the sediment yield. The Solimões and Madeira, rivers ones that cames from the Andes, are the greatest contributors in therms of suspended solids transport. They represents 95% of all the TSS transported on the Amazon Basin. Also, these results reinforce the importance of the Andes on the Amazon river basin system of suspended sediments transport in Brazil.

Fig.1_Rede Sedimentometrica do DNAEE, hoje sob responsabilidade da ANEEL.


Fig.2. Bacia Amazônica. 209.000m3.s-1 de descarga líquida anual média e cerca de 600.106 ton.dia-1 de aporte de sedimentos ao Oceano