Manfredo Winge

As fotos aéreas em 1:25.000, muito antigas, analisadas para o itinerário do dia, mostravam fazendas onde se poderia dormir mas às vezes ao lá chegar somente se tinham ruínas da antiga casa; também, acontecia de o trabalho ir mais lento e termos de dormir ao relento. Mas, quando era fazenda, que festa!! Pedíamos pousada,  comprávamos uma galinha da dona para fugir dos enlatados e, eventualmente, até saía um arrozinho para comer com a galinha assada.

Em alguns lugares um pouco maiores, entretanto, tinha pensão. Geralmente eram muito modestas essas pensões.

Ao chegar na área pelo sul, vindo de Barra, sempre parávamos em Buritirama onde tinha uma dessas pequenas pensões. Buritirama era uma pequena vila a oeste da Serra do Estreito e junto a uma vereda com água corrente ao longo da qual palmeiras de buriti enfeitavam a paisagem.

No café da manhã a nossa salvação (minha e do motorista) eram as bolachas, queijo, aveia solúvel, leite em pó e café solúvel que eu trazia junto. Fervia-se a água e rapidamente se tinha um bom café da manhã.

Ao terminar de fazer "aquele breakfast" com café com leite quente, me deu vontade de ir no banheiro,.. não dava para esperar a chegada no mato. O banheiro da pensão era uma casinha que ficava  próxima da vereda. Munido de papel higiênico, lá fui eu para a casinha onde todo covarde faz força e todo valente geme e se caga.

Ao entrar, estranhei o lay out: chão de barro liso, levemente inclinado sem nenhum aparelho sanitário, e uma pequena abertura como uma portinhola na parede oposta à da porta grande.