UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
TESES DE DOUTORADO
EM GEOCIÊNCIAS SOBRE REGIÕES BRASILEIRAS
PETROLOGIA E GEOQUÍMICA DO COMPLEXO ALCALINO DE TAPIRA, ESTADO DE MINAS GERAIS
Palavras-chave: Carbonatito, bebedourito, kamafugito, imiscibilidade de liquidos, Tapira, Salitre, Alto Paranaiba
University of Durham
Department of Geological Sciences
Science Laboratories
Durham, DH1 3LE
United Kingdom
DATA DE DEFESA: 08/03/99
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Petrologia e Geoquimica
ORIENTADORES: Prof.
Robert N. Thompson and Dr. Sally A. Gibson)
EXAMINADORES: Prof. J. B. Dawson ; Dr. D. G. Pearson
RESUMO
O Complexo Alcalino de Tapira é o mais meridional de uma série de intrusões contendo
carbonatitos que ocorrem na região do Alto Paranaíba, oeste do Estado de Minas Gerais,
Brasil. Junto com kamafugitos, lamproitos, e kimberlitos, esses complexos formam a
Província Ígnea do Alto Paranaíba (APIP). O Complexo de Tapira intrude as rochas do
Cinturão Móvel Brasilia, de idade Proterozóica Superior, adjacente a uma importante
área cratônica (Craton do São Francisco).
O complexo é o resultado da amalgamação de várias intrusões, as quais consistem
principalmente de rochas ultramáficas (wehrlitos e bebedouritos), com volumes
subordinados de sienitos, carbonatitos e melilitolitos. Pelo menos duas unidades de rochas
ultramáfica (B1 e B2) e cinco episódios de intrusões carbonatíticas (C1 a C5) foram
reconhecidos no complexo. As rochas plutônicas são recortadas por diques de rochas
ultramáficas e carbonatitos de granulação fina. Duas variedades de diques ultramáficos
foram reconhecidas: a) flogopita-picritos são as rochas mais primitivas do complexo; b)
diques de baixo cromo (bebedouritos) são mais evoluídos, e tipicamente não contém
olivina. Os diques ultramáficos são quimicamente similares aos kamafugitos da APIP.
Os magmas primitivos do Complexo de Tapira sofreram diferenciação na crosta, antes do
sua intrusão final. Cristalização fracionada a partir de um magma com a composição
dos flogopita-picritos é um processo capaz de originar os bebedouritos. O complexo de
Tapira contém exemplos de carbonatitos que foram produzidos por imiscibilidade de
líquidos e por cristalização fracionada. Estes mecanismos petrogenéticos contrastantes
produziram assinaturas geoquímicas e mineralógicas distintas, as quais podem ser usadas
para identificar eventos específicos na evolução do complexo, bem como para testar a
consanguinidade de carbonatitos e rochas silicáticas associadas.
UNIVERSITY OF BRASÍLIA - INSTITUTE OF GEOSCIENCES
PhD THESES ON EARTH SCIENCES OF
BRAZILIAN REGIONS
José Affonso Brod
PETROLOGY AND GEOCHEMISTRY OF THE TAPIRA ALKALINE COMPLEX, MINAS GERAIS STATE, BRAZIL
Key words: Carbonatite, bebedourite, kamafugite, liquid immiscibility, Tapira, Salitre, Alto Paranaiba
University of Durham
Department of Geological Sciences
Science Laboratories
Durham, DH1 3LE
United Kingdom
DATE OF ORAL PRESENTATION: 08/03/99
TOPIC OF THE THESIS: PROSPECTION AND ECONOMIC GEOLOGY
SUPERVISORS: Prof. Robert N. Thompson and Dr. Sally A. Gibson
COMMITTEE MEMBERS: Prof. J. B. Dawson ; Dr. D. G. Pearson
ABSTRACT
The Tapira alkaline complex is the southernmost of a series of carbonatite-bearing
intrusions occurring in the Alto Paranaíba region, western Minas Gerais State, Brazil.
Together with kamafugites, lamproites and kimberlites, these complexes form part of the
Late-Cretaceous Alto Paranaíba Igneous Province (APIP). The Tapira igneous complex is
emplaced into rocks of the Late-Proterozoic Brasília mobile belt, adjacent to a major
cratonic area (the São Francisco craton).
The complex is formed by the amalgamation of several intrusions,
comprising mainly ultramafic rocks (wehrlites and bebedourites), with subordinate syenite,
carbonatite and melilitolite. At least two separate units of ultramafic rocks (B1 and B2)
and five episodes of carbonatite intrusion (C1 to C5) are recognised. The plutonic rocks
are crosscut by fine-grained ultramafic and carbonatite dykes. Two varieties of ultramafic
dykes are recognised: phlogopite-picrites are the most primitive rocks in the complex;
low-Cr dykes are more evolved, and typically lack olivine. The ultramafic dykes are
carbonate-rich, and may contain carbonate ocelli, indicating that immiscibility of
carbonatite liquid occurred early in the evolution of the complex. The ultramafic dykes
are chemically similar to the APIP kamafugites.
The primitive Tapira magmas underwent some differentiation in the
crust, before their final emplacement. Crystal fractionation from the phlogopite-picrite
magma may have produced olivine and chromite-rich cumulates, but these rocks are
under-represented in the complex. Crystal fractionation from low-Cr dykes may have
produced the bebedourites. The Tapira complex contains examples of carbonatites that
originated by either liquid immiscibility or crystal fractionation. These contrasting
petrogenetic mechanisms have produced distinct geochemical and mineralogical signatures,
which have been used to pinpoint specific events in the evolution of the complex, and to
test the consanguinity of carbonatites and associated silicate rocks.