UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO No 49

MESSIAS GILMAR DE MENEZES

GEOLOGIA E OCORRÊNCIAS AURÍFERAS DA FAIXA MAQUINÉ A SUL DA QUADRÍCULA DE CAPANEMA - QUADRILÁTERO FERRÍFERO - MG
DATA DE DEFESA: 03/10/88
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: PROSPECÇÃO E GEOLOGIA ECONÔMICA
ORIENTADOR: PROF. OTHON HENRY LEONARDOS(UnB)
EXAMINADORES: PROF. HARDY JOST (UnB)
PROF. EDUARDO ANTÔNIO LADEIRA (UFMG)

RESUMO
O presente estudo levanta aspectos que indiquem a potencialidade quanto a jazimento aurífero e os possíveis controles de acumulação em zonas de cisalhametento, tendo como base as associações paragenéticas e microestruturais que acompanham a ocorrência. A faixa Maquiné trata-se de uma seqüência, de rochas miloníticas com dois domínios petrográficos bem marcados: sericita quartizitos e quartzo-sericita xistos com intercalações subordinadas de tectonitos. A história da fase de deformação 1 está associada ao desenvolvimento da zona de cisalhamento, cuja expressão maior é a Falha do Fundão, de direção geral de cisalhamento NW-SE e sentido regional SE para NW. Durante esta fase as rochas foram submetidas a uma deformação dúctil responsável pela pronunciada foliação milonítica S1, passando a deformação cisalhante de natureza dúctil-rúptil responsável pelas lineações de estiramento com caimento para SE. Uma primeira fase sulfetada aurífera (ulmanita), associada a quartzo microsacaroidal, siderita e minerais aluminosos (cloritóide e cianita), aparece quando a deformação de natureza dúctil passa para dúctil-rúptil e o metamorfismo na fácies xisto verde passa a refletir condições de transição à fácies anfibolito. A segunda fase de deformação é caracterizada por clivagem crenulação e dobras assimétrica com vergência para E. A segunda mineralização aurífera está relacionada a aberturas tardias de descompressão da fase D2. Acompanha-a o quartzo, a siderita e a freiberita e sulfetos empobrecidos em ouro.
A ocorrência aurífera estudada. é caracterizada por uma paragênese sulfetada, sem arsenopirita e relacionada ao cobre, quando livre.
O elemento farejador é o antimônio (Sb), presente na maioria dos sulfetos da zona de cisalhamento, e mais especificamente os elementos indicadores de zonas enriquecidas, ou estão nos domínios ricos em ulmanita - neste caso o antimônio (Sb), além de elemento regional, é também específico - ou, estão nos domínios ricos em freiberita, isto é, nos veios quartzo-carbonáticos tardios, onde o elemento específico passa a ser o cobre (Cu).


  
UNIVERSITY OF BRASILIA- INSTITUTE OF GEOSCIENCES

MSc THESIS No 49

MESSIAS GILMAR DE MENEZES

GEOLOGY AND GOLD OCCURRENCES ON THE MAQUINÉ BELT, SOUTH OF THE CAPANEMA QUADRANGLE, "QUADRILÁTERO FERRÍFERO", MINAS GERAIS STATE-BRAZIL
DATE OF ORAL PRESENTATION: 03/10/88
TOPIC OF THE THESIS: PROSPECTION AND ECONOMIC GEOLOGY
SUPERVISOR: PROF. OTHON HENRY LEONARDOS(UnB)
COMMITTEE MEMBERS: PROF. HARDY JOST (UnB)
PROF. EDUARDO ANTÔNIO LADEIRA (UFMG)

ABSTRACT
The aim of the study is to describe the main controls of gold occurrences within a large scale shear zone in the State of Minas Gerais named the Maquiné Belt. The belt is characterized by a complex assemblage of mylonites arranged into two main petrographic domains: sericite quartzites and quartz- sericite mylonite-schists. The first deformation phase is attributed to the formation of the shear zone whose major expression is the NW-SE trending Fundão Fault. During this phase the regional rocks have been submitted to a ductile deformation responsible for the prominent mylonitic foliation S1, that gives place to a later ductile-ruptile deformation with the development of stretching lineations with a SE plunge. A first gold-sulfide assemblage, mostly represented by ullmanite, associated to microsacaroidal quartz, siderite, and aluminum silicates (chloritoid and kyanite), is formed when the ductile deformation is replaced by the ductile-ruptile deformation and dynamic metamorphism of greenschist facies gives place to conditions transitional to amphibolite facies. The second deformation phase is characterized by a crenulation cleavage and formation of asymmetric folds with an easterly vergence. A second phase mineralization is related to the opening of late D2 decompression fractures. This mineralization event is represented by a quartz-siderite freibergite assemblage, in general very low in gold content. The studied gold occurrence is, thus, represented by a sulfide paragenesis lacking arsenopyrite and related to Cu.
The most important pathfinder is Sb which occurs in most of the sulfides within the shear zone. Elements which specifically indicate gold are Sb when the gold zone is enriched in ullmanite or Cu when it occurs in the later quartz-carbonate-ullmanito veins.