UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO No 91

MARCELO GONÇALVES RESENDE

GEOQUÍMICA E PETROLOGIA DA FORMAÇÃO AIMBÉ, GRUPO GUARINOS, GO
DATA DE DEFESA: 25/03/94
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: GEOLOGIA REGIONAL
ORIENTADOR: PROF. HARDY JOST (UnB)
EXAMINADORES: PROF. RAUL MINAS KUYUMJIAN (UnB)
PROF. MILTON LUIZ LAQUINTINIE (UFRGS)

RESUMO
Novos dados de campo e laboratório permitem a redefinição estratigráfica e petrológica da Formação Aimbé, de idade arqueana, como unidade constituída dominantemente de formações ferríferas, metassedimentos detríticos e, pelo memnos três centros de descarga hidrotermal, todos metamorfizados em fácies xisto verde. As formações ferríferas (exalitos) são as fácies diagnósticas da unidade e ocorrem como camada com duas subfácies, uma basal, com predomínio de magnetita, e uma de topo, com hematita, ambas maciças, laminadas e bandadas. Laminação e bandamentos são dados pela singular alternância de óxidos e muscovita, com ausência de quartzo. Os metassedimentos detríticos compreendem metaconglomerados e muscovita xistos em lentes, os primeiros em geral na base da unidade. Os centros exalativos são lentes contendo condutos de descarga circundados por halos concêntricos de alteração hidrotermal.
O halo de alteração contem 5 zonas, cujos protolitos geraram a zona do quartzo, da turmalina, do cloritóide, da clorita e da muscovita/sericita. Centros de descarga hidrotermal e formações ferríferas apresentam evolução química distinta, embora exista uma certa correlação química entre hidrotermalitos e exalitos proximais aos centros exalativos. Os dados de química mineral confirmam estas diferenças, além de distinguir, em ambos os casos, o comportamento químico de cada subfácies. A evolução da Formação Aimbé pode se relacionar a uma pulsação tectônica restrita à Faixa Guarinos, com rápida erosão de blocos soerguidos, e ativação de um sistema hidrotermal convectivo. O modelo genético que melhor se aplica aos exalitos da Formação Aimbé envolve contribuição tanto de exalações hidrotermais na formação de níveis óxido de Fe, quanto de argilo-minerais, de proveniência variada, para explicar os níveis ricos em muscovita


  
UNIVERSITY OF BRASILIA- INSTITUTE OF GEOSCIENCES

MSc THESIS No 91

MARCELO GONÇALVES RESENDE

GEOCHEMISTRY AND PETROLOGY OF THE AIMBE FORMATION, GUARINOS GROUP, GOIAS STATE-BRAZIL
DATE OF ORAL PRESENTATION: 25/03/94
TOPIC OF THE THESIS: REGIONAL GEOLOGY
SUPERVISOR: PROF. HARDY JOST (UnB)
COMMITTEE MEMBERS: PROF. RAUL MINAS KUYUMJIAN(UnB)
PROF. MILTON LUIZ LAQUINTINIE (UFRGS)

ABSTRACT
The Aimbé Formation is a unit of the Archean Guarinos Group which consists of a greenstone belt rock assemblage of Central Goias, Brazil. The formation is made up mostly of discharge centers, metamorphosed under greenschist facies. Iron formations (exhalites) are the diagnostic facies of the Aimbé Formation and occurs as a continuous layer with two sub-facies. The basal sub-facies consists mostly of magnetite while the upper is made up of hematite, both being massive, laminated or banded. Lamination and banding are due to the alternation of oxides and muscovite, in the absence of quartz. Detrital metasediments comprise metaconglomerates and muscovite schist, the former generally occurring at the base of the formation. Exhalative centers occur as lenses containing hydrothermal discharge vents surrounded by concentric hydrothermal alteration halos. Alteration haloes may be subdivided into five zones, whose protolites are represented by quartz, turmaline, chloritoid, chlorite and muscovite zones.
Major, minor, trace and REE element geochemistry show that the hydrothermal discharge centers and iron formations are chemically different, although a chemical correlation between hydrothermal rocks and proximal exhalites have been detected. Mineral chemistry data also detect the differing nature of the two facies. The evolution of the Aimbé Formation is probably related to a tectonic pulse restricted to the Guarinos Group depositional basin and is related to uplifting of faulted blocks, followed by rapid and short erosion and detrital deposition, and activation of a regional convective hydrothermal system. The better genetic model applied to the Aimbé Formation exhalites involves both the contribution of hydrothermal iron exhalations with simultaneous deposition of clay minerals of several provenances to explain the iron oxide-muscovite association.