UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO No248
OSCAR OMAR GUEVARA HERRERA
Data da defesa: 12/12/2008GEOLOGIA, PETROLOGIA E SENSORIAMENTO REMOTO INTEGRADOS NO ESTUDO DOS DEPÓSITOS DE OURO DO MACIÇO GRANÍTICO GOLLON, PERU
Palavras Chaves: Batólito de Pataz - Peru, Maciço Gollon, Sensor ASTER, Veios de quartzo
RESUMO
O Maciço
Gollon faz parte da porção norte do batólito cálcio-alcalino
Pataz-Parcoy-Buldibuyo, localizado na Cordilheira Oriental dos Andes Peruanos,
no norte do Peru, hospedeiro dos principais depósitos de ouro em veios do Peru.
MSc THESIS No
248
O Maciço Gollon constitui corpo granítico equigranular a porfirítico encaixado
em rochas metamórficas do Complexo Marañon que cortam parte da seqüência
vulcano-sedimentar do paleozóico. A seqüência carbonatada e as seqüências
cretáceas são mais jovens que as rochas intrusivas.
As rochas graníticas do maciço são granodiorito e monzogranito com hornblenda e
biotita. Magnetita, ilmenita, zircão e apatita são os minerais acessórios.
Diques máficos e aplíticos cortam o maciço Gollon.
O Maciço Gollon é cálcio-alcalino, metaluminoso a
peraluminoso, semelhante aos granitos do tipo I, com SiO2 entre 59 e
68%, elevada razão MgO/TiO2 (entre 2,6 e 3,9), K2O/Na2O
< 1,13; 17% de Al2O3, 2,4-4,6% de CaO, Ba~568 ppm e Sr~168
ppm e valores intermediários de elementos terras raras com média de
\SÍMBOLO
SYMBOL \f "Symbol"135 ppm. Assemelha-se a granitos de
arco vulcânico ou pós-colisionais. Sua pressão de cristalização, estimada com
base no geobarômetro da hornblenda, situa-se entre 2,04 e 3,18 Kb.
Os valores TDM do maciço situam-se entre 1,18 e
3,37 Ga e os de εNd (t) são negativos, entre -3,53 a -6,39, indicando
fonte crustal mais antiga para esses magmas.
Os dados geocronológicos U-Pb indicam idade de cristalização de 345,7 ± 6,9 Ma
para o granodiorito no norte do maciço e de 325 ± 6,9 Ma para o monzogranito
situado na porção sul do Maciço Gollon.
Os
espectros retirados com o PIMA das amostras não hidrotermalizadas de
granodiorito e monzogranito do Maciço Gollon não apresentam muita diferença
entre si. Ocasionalmente observam-se maiores profundidades na região de absorção
da ligação Al-OH no monzogranito quando comparado ao granodiorito.
As amostras hidrotermalizadas apresentam pouca diferença quando comparadas às
não-hidrotermalizadas. Algumas amostras alteradas apresentam espectros com
predominância de alguns minerais de alteração específicos, mas em geral a
mistura espectral de minerais primários e de minerais de alteração é
predominante.
O algoritmo SAM (Spectral Angle Mapper) foi importante para mapear os principais
litotipos do Maciço Gollon. Os afloramentos do Complexo Marañon foram mapeados
com maior sucesso, devido à grande diferença espectral e mineralógica em relação
aos granitos do maciço. A técnica SAM também permitiu identificar algumas áreas
mineralizadas, quando utilizadas janelas de amostragem coletadas da própria
imagem ASTER (Advanced Spaceborne Thermal Emission and
Reflection Radiometer). Áreas ainda não exploradas e que podem ser
consideradas possíveis novos alvos de exploração foram distinguidas por meio da
interpretação da imagem ASTER.
Os veios mineralizados do Maciço Gollon são constituídos de quartzo, calcita e
óxidos de ferro. A alteração hidrotermal está representada por argilominerais na
borda dos veios e clorita, calcita, sericita e quartzo secundário.
As características geológicas e petrológicas das rochas encaixantes, o tipo de
alteração hidrotermal nas áreas mineralizadas e a associação espacial com
terrenos metamórficos permitem sugerir que os veios auríferos de Gollon
constituem depósitos de ouro orogênicos. Porém, não deve ser descartada a
possibilidade de serem depósitos de ouro em veios geneticamente associados a
rochas graníticas.
UNIVERSITY OF BRASILIA- INSTITUTE OF GEOSCIENCES
OSCAR OMAR GUEVARA HERRERA
Date of oral presentation: 12/12/2008GEOLOGY, PETROLOGY AND REMOTE SENSING INTEGRATED IN THE STUDY OF GOLD DEPOSITS OF GOLLON GRANITIC MASSIF, PERU
Keywords: Pataz Batholith - Peru, Gollon Massif, ASTER, lode-quartz
ABSTRACT
The Gollon Massif is part of the northern portion of the calc-alkaline
Pataz-Parcoy-Buldibuyo batholith, located in the Eastern Andes Mountains, north
of Peru, which hosts the main gold vein deposits of Peru.
The Gollon Massif comprises an equigranular to porphyritic granite intruded in
metamorphic rocks of the Marañon complex, which crosscut part of the Paleozoic
volcano-sedimentary sequence. The carbonated and the cretaceous sequences are
younger than the intrusive rocks.
The granitic rocks of the massif are granodiorite and monzogranite with
hornblende and biotite. Magnetite, ilmenite, zircon and apatite are accessory
minerals. Mafic dikes and aplites crosscut the Gollon massif.
The Gollon massif is calc-alkaline, metaluminous to peraluminous, similar to
I-type granites, with 59-68 wt.%
SiO2,
high MgO/TiO2 ratio (2.6-3.9), K2O/Na2O ratio <
1.13, 17 wt% Al2O3, 2.4-4.6 wt% CaO, Ba ~568 ppm, Sr~168
ppm, medium
SREE
(~135 ppm).
It is similar to volcanic arc or post-collisional granites. Its crystallization
pressure, based on hornblende geobaromether, was 2.04 to 3.18 Kb.
TDM values lie between 1.18 and 3.37 Ga and
eNd(t)
are -3.53 to -6.39, which indicate ancient crustal sources for these magmas.
The geochronological U-Pb data indicate crystallization age of 345.7 ± 6.9 Ma
for the granodiorite of the north portion of the massif and 325 ± 6.9 Ma for the
monzogranite, located in the southern area of the Gollon massif.
Data spectra collected with The PIMA
spectrometerspectra of the non-hydrothermal altered granodiorite and
monzogranite are not quite different. Occasionally, there occur more deeps in
the region band of absorption of the Al-OH bond in the monzogranite when
compared with the granodiorite. The altered samples are not much different from
the non-altered ones. Some altered samples have spectra where some specific
secondary minerals predominate, but generally the spectral mixing predominates.
The SAM (Spectral Angle Mapper) algorithm was important to mapmap the main types
of rocks of the Gollon massif. Nevertheless, the outcrops of the Marañon complex
were mapped with greater success, due to the higher spectral and mineralogical
differences in relation to the granites. The SAM technique also allowed identify
mineralized areas, when windows of sampling collected fromcollected from the
own ASTER (Advanced Spaceborne Thermal Emission and
Reflection Radiometer) image were used.
Areas yet not explored and that can be considered possible new exploration
targets were distinguished by the interpretation of
ASTER image.
The mineralized veins of the Gollon massif are composed of quartz, calcite and
iron oxides. The hydrothermal alteration is represented by clay minerals on the
veins borders and chlorite, calcite sericite and secondary quartz.
The geologic and petrographic characteristics of the wall rocks, the type of
hydrothermal alteration in the mineralized areas and the spatial association
with metamorphic terrains allow suggest that the gold veins of Gollon comprise
orogenic gold deposits. Nevertheless, it can´t be discharged the possibility of
been vein deposits genetically related to granitic rocks.